Filiação dos autores:
1-4 [Especializandos, Psiquiatria, Centro de Estudos José de Barros Falcão, CEJBF, Porto Alegre, RS, Brasil]
Editor-chefe responsável pelo artigo: Sérgio Tamai
Contribuição dos autores segundo a Taxonomia CRediT: Baía FP [1,5,6,12,13,14], Domingues LS, Alves TLF, Oliveira NMCM [1,5,13,14]
Conflito de interesses: declaram não haver
Fonte de financiamento: declaram não haver
Parecer CEP: declaram não haver
Recebido em: 17/11/2024 | Aprovado em: 08/03/2025 | Publicado em: 20/03/2025
Como citar: Baía FP, Domingues LS, Alves TLF, Oliveira NMCM. Fatores de risco e prevenção do suicídio em adolescentes: revisão de literatura. Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro. 2025;15:1-21. https://doi.org/10.25118/2763-9037.2025.v15.1370
Introdução: O suicídio, uma das principais causas de morte, afeta especialmente crianças e adolescentes, sendo precedido por ideação e tentativas. Objetivo: Analisar a relação entre fatores de risco para o suicídio e destacar a importância da conscientização e das estratégias preventivas para a redução da incidência de suicídio. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com pesquisa em artigos publicados entre 2019 e 2024 na base de dados PubMed. Resultados: Os estudos analisaram 20.317 estudantes, principalmente adolescentes de 15-16 anos, utilizando métodos variados como ensaios clínicos e intervenções de grupo. Algumas intervenções mostraram reduções significativas na ideação suicida, enquanto outras, não tiveram impacto nas tentativas de suicídio ou automutilação. Intervenções eficazes incluíram programas de resiliência e triagem precoce, especialmente em contextos escolares, evidenciando a importância de abordagens adaptadas para adolescentes. Conclusão: Identificar e gerenciar fatores de risco, como transtornos mentais e desesperança, é essencial para prevenir o suicídio em adolescentes. As intervenções são eficazes, embora sua eficácia possa variar em diferentes contextos.
Palavras-chave: ideação suicida, comportamento de risco, adolescente, comportamento de risco.
Introduction: Suicide, a leading cause of death, particularly affects children and adolescents, and is preceded by suicidal ideation and attempts. Objective: To analyze the relationship between suicide risk factors and highlight the importance of awareness and preventive strategies to reduce the incidence of suicide. Methods: This is an integrative literature review, with research on articles published between 2019 and 2024 in the PubMed database. Results: The studies analyzed 20,317 students, mainly adolescents aged 15-16 years, using varied methods such as clinical trials and group interventions. Some interventions showed significant reductions in suicidal ideation, while others had no impact on suicide attempts or self-harm. Effective interventions included resilience programs and early screening, especially in school settings, highlighting the importance of approaches adapted for adolescents. Conclusion: Identifying and managing risk factors, such as mental disorders and hopelessness, is essential to prevent suicide in adolescents. Interventions are effective, although their effectiveness may vary in different contexts.
Keywords: suicidal ideation, risky behavior, adolescent, risk-taking.
Introducción: El suicidio, una de las principales causas de muerte, afecta especialmente a niños y adolescentes, siendo precedido por ideación e intento. Objetivo: Analizar la relación entre los factores de riesgo de suicidio y resaltar la importancia de la concientización y las estrategias preventivas para reducir la incidencia del suicidio. Métodos: Se trata de una revisión integradora de la literatura, con investigaciones sobre artículos publicados entre 2019 y 2024 en la base de datos PubMed. Resultados: Los estudios analizaron a 20.317 estudiantes, principalmente adolescentes de 15 a 16 años, utilizando métodos variados como ensayos clínicos e intervenciones grupales. Algunas intervenciones mostraron reducciones significativas en la ideación suicida, mientras que otras no tuvieron ningún impacto en los intentos de suicidio o las autolesiones. Las intervenciones efectivas incluyeron programas de resiliencia y detección temprana, especialmente en contextos escolares, destacando la importancia de enfoques adaptados para los adolescentes. Conclusión: Identificar y gestionar los factores de riesgo, como los trastornos mentales y la desesperanza, es fundamental para prevenir el suicidio en adolescentes. Las intervenciones son efectivas, aunque su efectividad puede variar en diferentes contextos.
Palabras clave: ideación suicida, conductas de riesgo, adolescente, asunción de riesgos.
O suicídio é definido como a decisão intencional de tirar a própria vida e se configura como uma das principais causas de morte no mundo . Estima-se que o suicídio seja responsável por 1,4% das mortes anuais, o que equivale a mais de 700.000 óbitos. Apesar de não ser a principal causa de morte em termos absolutos, é a principal entre crianças e adolescentes, com uma tendência crescente em várias regiões do mundo .
O comportamento suicida normalmente passa por um processo que envolve ideação, planejamento e tentativas de suicídio . O primeiro processo, que é a ideação suicida tem se tornado uma preocupação crescente entre os adolescentes, com um aumento significativo na ocorrência dos pensamentos suicidas e nas tentativas de suicídio nessa fase da vida. No entanto, muitos jovens enfrentam dificuldades consideráveis para acessar serviços de saúde mental, seja por barreiras estruturais ou por fatores individuais, como medo e estigma associados à busca por ajuda .
É preciso identificar os fatores de risco para o suicídio o mais precoce possível, para poder interver nessa ação, com prevenção e tratamento. Várias situações podem estar relacionadas ao suicídio, como o gênero, a estrutura familiar, transtornos depressivos, autoestima, desesperanças, eventos estressantes, falta de apoio social, o consumo de bebidas alcoólicas. Porém, esses fatores não identificam os indivíduos que estão em risco real de vida . Alguns fatores podem aumentar o risco do suicídio em jovens, como os transtornos mentais, principalmente os afetivos e os de ansiedade, como também, os psicológicos, relacionamentos familiares, socioeconômicos e os demográficos . Alguns fatores de riscos também são considerados como importantes, podendo citar a desesperança, a desconexão social, a sensação de ser um fardo e o aprisionamento .
Diante dessas situações, muitos jovens não buscam ajuda, sendo necessário então que profissionais especializados implantem os programas de prevenção ao suicídio . Essas atitudes têm mostrado resultados, como pode ser verificado no estudo controlado de Baggio et al. , que investigou a eficácia de programa de prevenção do suicídio para jovens que estavam em idade escolar na Suíça. Os resultados do programa mostraram um aumento do conhecimento sobre o suicídio e os recursos para pedir ajuda, o que indicou que essa abordagem pode ser benéfica e segura ao aplicar nessa população específica.
Este estudo tem como objetivo analisar a relação entre fatores de risco para o suicídio e destacar a importância da conscientização e das estratégias preventivas para a redução da incidência de suicídio.
A metodologia utilizada no estudo é uma revisão integrativa da literatura, para integrar e sintetizar os resultados de estudos sobre um determinado tema e oferecer uma visão abrangente e atualizada sobre o assunto. Esta revisão seguiu os seguintes passos: Elaboração da pergunta norteadora e objetivo da revisão; Elaboração dos Critérios de Inclusão e Exclusão; Busca e Seleção dos Estudos; Revisão e Avaliação dos Estudos; Extração de Dados; Síntese e Análise dos Dados; Elaboração da Revisão; Revisão e Atualização. Foram analisados artigos de cinco anos, desde 2019 até 2024, todos encontrados na base de dados PubMed.
O estudo vem responder a seguinte pergunta: Quais são os efeitos das diferentes intervenções e métodos sobre a ideação suicida, tentativas de suicídio e automutilação entre adolescentes?
Foram incluídos: 1. Estudos clínicos, estudos randomizados, e protocolos de estudos randomizados; 2. Estudos com adolescentes; 3. Estudos publicados entre 2019 e 2024; 4. Estudos completos.
Foram excluídos: 1. Estudos não clínicos; 2. Estudos que não envolvem adolescentes; 3. Estudos não relacionados ao tema; estudos publicados antes de 2019; 4. resumos de artigos.
Na pesquisa bibliográfica foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde/Medical Subject Headings (DeCs/MeSH): suicídio; ideação suicida; comportamento de risco; prevenção; adolescente.
Após seleção por critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos nesta revisão integrativa da literatura um total de 20 (vinte) estudos e destes, foram selecionados 10 (dez) estudos, conforme Figura 1, para serem apresentados sua síntese no Quadro 1.
Os estudos incluídos neste estudo foram publicados nos periódicos: Frontiers in Public Health (1); Journal of Affective Disorders (1); BMC Public Health (3); Journal of Child Psychology and Psychiatry (4); Journal of Consulting and Clinical Psychology (1); Development and Psychopathology (1); Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (1); Medical Journal of Australia (1); Journal of Pediatrics (1); American Journal of Community Psychology (1); Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry (1); Swiss Medical Weekly (1); PLoS One (1); BMC Med Res Methodol (1) e Suicide and Life-Threatening Behavior (1).
O total de indivíduos que participaram dos estudos somam 20.317 estudantes, com idades que variaram de 10 a 24 anos, com a maioria dos estudos focados em adolescentes. A idade média foi de aproximadamente de 15-16 anos, considerando que alguns estudos, como Grummitt et al. e Hart et al. , concentraram-se em alunos do ensino médio.
Os métodos utilizados nos estudos foram os ensaios clínicos, as intervenções de grupos e o acompanhamento de longo prazo. Grummitt et al. e Hart et al. realizaram ensaios clínicos com acompanhamento de longo prazo (três anos e 18 meses, respectivamente). Um estudo utilizou um protocolo de estudo com diferentes grupos de intervenção , enquanto outro estudo foi específico em ensaio clínico com abordagem em fatores de risco bioecológicos e sua relação com funções executivas e impulsividade . Outro estudo fez uma comparação entre uma triagem direcionada e universal utilizando PHQ-9, método de identificação e o tratamento precoce para adolescentes que estavam em risco de cometer o suicídio .
Ao analisar os estudos foi evidenciado que muitos deles realizaram a análise da ideação suicida entre adolescentes e jovens. Um estudo observou que ao longo de três anos houve uma redução significativa da ideação suicida em estudantes no grupo de intervenção, se comparado ao grupo controle (23% vs. 25% no 8º ano, e 17% vs. 27% no 11º ano) .
Outro estudo apontou resultados semelhantes, ao reportar uma melhora na ideação suicida em 63% dos indivíduos após um programa de intervenção . Um estudo também analisou a ideação suicida, e verificaram que 86% a 90% dos estudantes, ficaram na classe de baixa ideação ao longo do tempo. Por outro lado, cerca de 27,3% dos adolescentes tiveram experiência com a alta ideação suicida pelo menos uma vez na vida .
Foi evidenciado que a intervenção ajudou a reduzir a ideação suicida em 45,1% dos indivíduos, no entanto, não foi estatisticamente significativo nas tentativas de suicídio ou automutilação, com evidências de taxas semelhantes entre os grupos após o controle de variáveis .
Já outro estudo evidenciou uma melhora de 74% com a aplicação dos programas de intervenção, em relação à automutilação. Alguns indivíduos (13%), mesmo com a abordagem, não responderam ao tratamento .
Algumas abordagens introduzidas foram a "Nova Esperança" e "Resiliência dos Idosos", que mostraram impactos positivos na redução do risco de suicídio imediato e, promoveram a resiliência através de vínculos e autoestima . Por outro lado, teve estudo que utilizou o programa o treinamento em Primeiros Socorros para a Saúde Mental de Adolescentes (tMHFA) que melhorou as crenças e intenções que estão relacionadas ao pedir ajuda aos adultos, mostrando uma redução significativa no estigma. Foi evidenciado que as intervenções com objetivos de primeiros socorros para a saúde mental, apresentaram efeitos duradouros na percepção e no comportamento dos adolescentes .
A partir da análise dos estudos apresentados nos resultados, pode-se observar diferentes intervenções e métodos que apresentaram um impacto positivo na redução da ideação suicida e na promoção da saúde mental em adolescentes. Foi evidenciado que as intervenções utilizadas, seja através de programas de resiliência, triagem precoce ou educação sobre a saúde mental, mostraram que foram eficazes em diversos contextos. Porém, enquanto alguns métodos não mostraram eficácia na redução das tentativas de suicídio , outros métodos mostraram uma redução da ideação suicida ao longo do tempo . Ao considerar a idade média de 15 a 16 anos, isso sugere que as intervenções estão mais adequadas para os adolescentes que estão, especificamente, em ambientes escolares.
Os adolescentes que tentam o suicídio têm um risco significativo maior de cometer novas tentativas, se comparado aos indivíduos que nunca realizaram essa ação . Os problemas da saúde mental são comuns entre jovens e isso prejudica tanto esses sujeitos quanto a sua própria família, o que demanda a utilização dos diversos serviços em saúde .
O início precoce dos transtornos mentais pode estar relacionado a um maior risco de comportamento suicidas e isso inclui a ideação suicida, automutilação e as tentativas de suicídio por diversas formas . Dentre os transtornos mentais, os transtornos depressivos são considerados um dos principais fatores de risco para a morte por suicídio ou tentativas de tirar a própria vida .
Alguns jovens que têm pensamentos suicidas considerados mais graves ou um histórico de tentativas, podem necessitar de uma abordagem mais intensiva, da mesma forma, aqueles indivíduos em que são identificados alta impulsividade ou o uso de substâncias psicoativas, podem precisar de um maior suporte .
As escolas são consideradas os locais para iniciar uma abordagem de prevenção ao suicídio, pois nela frequenta crianças, adolescentes e jovens. Considerando esses aspectos, os programas de intervenção devem ser compostos por abordagens universais, seletivas e indicadas para essas faixas etárias, o que tem demonstrado resultados promissores .
Após a alta hospitalar psiquiátrica, as intervenções são consideradas fundamentais para reduzir o comportamento suicida, considerando que o risco para essa ação pode aumentar nas semanas seguintes . Nesse contexto, as intervenções adaptativas se ajustam no tratamento as necessidades individuais, mostrando ser promissoras .
Ao realizar a comparação dos estudos incluídos na presente revisão integrativa da literatura, foram evidenciadas várias semelhanças e divergências nas abordagens de prevenção utilizadas e no gerenciamento do comportamento suicida entre os adolescentes, sendo possível destacar a eficácia das estratégias específicas quanto as complexidades envolvidas em diferentes contextos.
Para melhorar a eficácia no manejo do comportamento suicida, alguns estudos incluídos nesta revisão destacam a importância das intervenções adaptativas. Grummitt et al. evidenciaram que os sintomas específicos e os traços de personalidades podem ser mais eficazes do que as abordagens em geral. Grant et al. mostraram que a insônia pode ser um fator preditivo significativo, enquanto Grummitt et al. evidenciaram que a intervenção direcionada a traços de personalidades podem ter uma maior eficácia.
Em relação às necessidades da adaptabilidade das intervenções, O'Keefe et al. e Wu et al. mostram que essas abordagens devem ser adaptadas ao contexto específico dos adolescentes. O'Keefe et al. identificaram que as abordagens adaptadas para a cultura indígena têm uma maior eficácia, enquanto Wu et al. evidenciaram que existe uma diversidade na trajetória da ideação suicida entre os jovens em situação de rua, o que requer a utilização de estratégias mais específicas para os diferentes subgrupos.
Sekhar et al. e Abbott et al. apontam a importância da triagem e do monitoramento contínuo. Já Sekhar et al. evidenciaram que a triagem Universal com o PHQ-9 tem sido eficaz na identificação dos estudantes em risco de suicídio, e Abbott et al. indicaram que a sobrecarga tem uma relação com a ideação suicida, o que requer uma maior necessidade de monitoramento para ajustar o tratamento.
Quanto a eficácia das intervenções, Grosselli et al. evidenciou que embora a utilização do programa HEYLiFE tenha mostrado efeitos positivos a curto prazo, que inclui o aumento do conhecimento e das mudanças nas atitudes, houve uma diminuição das emoções pró-sociais e, na disposição de interagir com os demais indivíduos suicidas. Essas informações divergem do estudo de Godwin e Conduct Problems Prevention Research Group , onde revelou que as intervenções precoces e abrangentes como a Fast Track, mostraram o impacto positivo e duradouro, proporcionando uma melhoria nas habilidades emocionais e sociais sem apresentar semelhanças nos efeitos adversos.
Na comparação dos resultados de programas de Treinamento, Hart et al. evidenciaram que o tMHFA, apresentou melhorias significativas no conhecimento e nas atitudes relacionadas à saúde mental, proporcionando efeitos a longo prazo. Esses resultados divergem do estudo de Berk et al. , que embora tenha utilizado a terapia comportamental dialética (DBT), que resultou na redução da automutilação não houve impactos significativos na ideação suicida, sendo necessários ajustes para serem aplicados em adolescentes com sintomas depressivos elevados.
Para abordagens culturais e aplicados em determinados contextos, o estudo de O'Keefe et al. destaca que as intervenções culturalmente adaptadas para os adolescentes indígenas são de grandes relevâncias, pois consideram a espiritualidade tribal e as atividades culturais. Já Wu et al. e Sekhar et al. não abordaram especificamente a cultura, mas as estratégias gerais e a triagem, indicando que as intervenções podem variar, dependendo dos elementos culturais específicos que são considerados nas abordagens.
Apesar das diversas contribuições dos estudos analisados nesta revisão integrativa, existem várias limitações que devem ser reconhecidas. A primeira limitação é a heterogeneidade nas amostras, incluindo as variações na idade dos participantes e contextos culturais, o que pode generalizar os resultados. A maioria dos estudos foram em adolescentes dentro dos ambientes escolares, o que limita a aplicação das descobertas para outras populações, como por exemplo, aos jovens em situação de vulnerabilidade extrema, como os adolescentes que moram na rua. Alguns estudos, como o de Grosselli et al. , indicaram que, embora as abordagens de intervenção tenham obtidos resultados positivos, elas podem ocasionar efeitos adversos, como a diminuição das emoções pró-sociais. Logo, existe uma necessidade de realizar avaliação contínua dos impactos a longo prazo das intervenções, não apenas os resultados imediatos.
As pesquisas futuras devem explorar com maiores detalhes os fatores de riscos em diferentes contextos e subgrupos, além de melhorar a precisão das triagens e a adaptabilidade das intervenções, pois a adaptação das estratégias às necessidades culturais e individuais estão relacionadas a uma melhor eficácia na prevenção do suicídio, de acordo os estudos aqui incluídos.
O presente estudo destaca a importância da identificação e gerenciamento dos fatores de risco para a prevenção do suicídio em adolescentes. Os transtornos mentais, a desesperança, a desconexão social e a impulsividade foram alguns preditores da ideação suicida e da tentativa de suicídio. As intervenções que inclui a triagem precoce e os programas de resiliência, têm mostrado eficácia na redução desses comportamentos, embora os resultados possam variar conforme o contexto em que o adolescente está inserido.
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