Filiação dos autores:
1,2,3 [Mestrandos em Hebiatria, Universidade de Pernambuco, UPE, Recife, PE, Brasil]
4 [Doutora em Odontologia, Universidade de Pernambuco, UPE, Recife, PE, Brasil]
5 [Doutor em Saúde Pública, Universidade de Pernambuco, UPE, Recife, PE, Brasil]
Editor-chefe responsável pelo artigo: Marsal Sanches
Contribuição dos autores segundo a Taxonomia CRediT: Silva JL [1,2,3,5,6,7,11,12,13], Malheiros LS, Oliveira LA [1,9,11,13,14], Heimer MV [2,6,10,11], Lorena Sobrinho JE [2,10,11]
Conflito de interesses: declaram não haver
Fonte de financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Brasil (CAPES). Código de Financiamento 001
Parecer CEP: não se aplica
Recebido em: 16/12/2024 | Aprovado em: 04/02/2025 | Publicado em: 22/02/2025
Como citar: Silva JL, Malheiros LS, Oliveira LA, Heimer MV, Lorena Sobrinho JE. Perfis sociodemográficos e clínicos de adolescentes com autolesão não suicida. Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro. 2025;15:1-22. https://doi.org/10.25118/2763-9037.2025.v15.1395
Introdução: Este estudo visa coletar dados sobre as características sociodemográficas e clínicas de adolescentes brasileiros vítimas de violência autoinfligida. Objetivo: Analisar as características sociodemográficas e clínicas dos adolescentes brasileiros que estão envolvidos neste tipo de violência auto infligida, gerando informações científicas que subsidiem política públicas de cuidado para esta população. Metodologia: Realizou-se uma revisão de escopo em 8 fontes de pesquisa. Foram encontrados 681 artigos, dos quais 21 atenderam aos critérios de elegibilidade. A seleção foi realizada de forma independente por três pesquisadores e os conflitos foram resolvidos por meio de discussões para chegar a um consenso. O estudo priorizou fontes com qualidade nas evidências científicas e buscou incluir dados específicos da população brasileira. Seis artigos foram selecionados para análise Resultados: Tal comportamento foi predominante no sexo feminino, na faixa etária 10 a 14 anos, associação com uso de álcool e outras drogas, impulsividade elevada, bullying e recorrência frequente dos atos. Discussão: A literatura científica aponta a preocupação com lesões autoprovocadas devido à elevada associação com o suicídio, a sua correlação com o uso de substâncias, depressão e traços de personalidade borderline. Conclusão: Evidencia-se a necessidade de estudos mais robustos e a ausência de pesquisas sobre autolesões não suicidas em adolescentes brasileiros durante e após a pandemia de COVID-19.
Palavras-chave: comportamento adolescente, psiquiatria, comportamento autolesivo, saúde pública, adolescente.
Introduction: This study aims to collect data on the sociodemographic and clinical characteristics of Brazilian adolescents who are victims of self-inflicted violence. Objective: To analyze the sociodemographic and clinical characteristics of Brazilian adolescents who are involved in this type of self-inflicted violence, generating scientific information that supports public care policies for this population. Methodology: A scoping review was conducted across eight research sources. A total of 681 articles were identified, of which 21 met the eligibility criteria. The selection was carried out independently by three researchers, and conflicts were resolved through discussions to reach a consensus. The study prioritized sources with high-quality scientific evidence and sought to include data specific to the Brazilian population. Six articles were selected for analysis. Results: This behavior was predominant in females, aged 10 to 14 years, and was associated with alcohol and drug use, high impulsivity, bullying, and frequent recurrence of the acts. Discussion: Scientific literature highlights concern over self-inflicted injuries due to their strong association with suicide, correlation with substance use, depression, and borderline personality traits. Conclusion: There is a clear need for more robust studies and a noticeable lack of research on non-suicidal self-injuries among Brazilian adolescents during and after the COVID-19 pandemic.
Keywords: adolescent behavior, psychiatry, self-injurious behavior, public health, adolescent.
Introducción: Este estudio tiene como objetivo recopilar datos sobre las características sociodemográficas y clínicas de adolescentes brasileños víctimas de violencia autoinfligida. Objetivo: Analizar las características sociodemográficas y clínicas de los adolescentes brasileños involucrados en este tipo de violencia autoinfligida, generando información científica que sustente políticas públicas de atención a esta población. Metodología: Se realizó una revisión de alcance en ocho fuentes de investigación. Se identificaron un total de 681 artículos, de los cuales 21 cumplían con los criterios de elegibilidad. La selección se llevó a cabo de forma independiente por tres investigadores, y los conflictos se resolvieron mediante discusiones para llegar a un consenso. El estudio priorizó fuentes con evidencia científica de calidad y buscó incluir datos específicos de la población brasileña. Se seleccionaron seis artículos para el análisis. Resultados: Este comportamiento fue predominante en mujeres, en el grupo de edad de 10 a 14 años, y estuvo asociado con el consumo de alcohol y otras drogas, alta impulsividad, bullying y recurrencia frecuente de los actos. Discusión: La literatura científica señala la preocupación por las lesiones autoinfligidas debido a su alta asociación con el suicidio, su correlación con el consumo de sustancias, la depresión y los rasgos de personalidad borderline. Conclusión: Se evidencia la necesidad de estudios más sólidos y la ausencia de investigaciones sobre las autolesiones no suicidas en adolescentes brasileños durante y después de la pandemia de COVID-19.
Palabras clave: comportamiento adolescente, psiquiatría, comportamiento autolesivo, salud pública, adolescente.
De acordo com a American Psychiatric Association
[1
A automutilação tornou-se um grave problema de saúde pública, com
elevados gastos orçamentários e risco elevado de suicídio nesta faixa
etária mais vulnerável [3
Estatisticamente este comportamento é mais frequente em adolescentes
do sexo feminino na fase inicial de suas vidas
[7,
Cabe ressaltar que existem 3 níveis de gravidade: leve, moderado e
grave, tendo estes desfechos distintos [10
Portanto, este artigo tem por objetivo analisar as características sociodemográficas e clínicas dos adolescentes brasileiros que estão envolvidos neste tipo de violência auto infligida, gerando informações científicas que subsidiem política públicas de cuidado para esta população.
Esta revisão de escopo baseou-se nas 5 etapas de Arksey e O’Malley as
quais são: 1. Identificar a questão de pesquisa, 2. Identificar
estudos relevantes, 3. Selecionar os estudos, 4. Organizar os dados e
agrupar, resumir e 5. relatar os resultados [12
Inicialmente identificamos a questão dos atos auto lesivos sem intenção de suicídio nos adolescentes com um importante agravo a saúde dos mesmos, seguindo para relevância que o tema vem ganhando graças ao aumento expressivo do número de casos. Em seguida, foram selecionados os estudos no período de maio a junho de 2023, caracterizou-se os achados, finalizando-se com a sumarização e publicação dos resultados. Apesar de tentar ser o mais abrangente possível, esta revisão mostrou como limitação metodológica o fato de poder não ter identificado todas as publicações sobre o tema disponíveis, por se restringir a três bases de dados. Além disso, a consulta na literatura cinzenta foi limitada, por se tratar de uma revisão internacional sem delimitação de países. Essa situação dificultou, por sua vez, a consulta em websites de organizações e entidades de pesquisa de cada país, em que poderiam ser encontrados documentos sobre o tema abordado.
Visando fortalecer o rigor metodológico optou-se por seguir o
checklist Prisma adaptado para revisão de Escopo (Prisma-ScR)
[13
A pergunta norteadora foi construída usando-se o acrônimo PICO (População, Interesse e Contexto), gerando o seguinte questionamento: “Quais as características sociodemográficas e clínicas dos adolescentes brasileiros envolvidos em autolesão não suicida?”. Na estratégia de busca não houve restrição de idiomas ou período.
Buscou-se em 8 bancos de dados: APA psyncnet, LILACS, MEDLINE, Pubmed, Embase, Web of Science, The cochraine library, Scopus. Como limitações, apontou-se as limitações do estudo, o que se encontra também em conformidade com o que orienta o Instituto Joana Briggs (JBI) e o PRISMA-ScR.
Durante a etapa de busca e seleção de artigos, identificamos a impossibilidade de localizar um estudo potencialmente relevante. O referido estudo, intitulado "Comportamento autolesivo em adolescentes de escola pública", de Santos J.H.R.M., Pires C.F., Pereira D.M., Silva D.L.D., publicado no Volume 17, Edição 2, em 01 de janeiro de 2020, não pôde ser recuperado, apesar de exaustivas incursões em bases de dados científicas, tentativas de contato com os autores e o emprego de múltiplos termos de busca. A ausência deste trabalho pode ser atribuída a restrições de acesso ou a imprecisões nas referências originais. Para contornar essa limitação, optou-se por excluí-lo da seleção final, porém, registrou-se a tentativa de busca em prol da transparência metodológica. Contudo, é importante reconhecer que essa ausência pode impactar a abrangência das conclusões desta revisão.
Como exemplo de chave de busca cita-se: Pubmed ((Adolescent OR Adolescents OR Adolescence OR Teens OR Teen OR Teenagers OR Teenager OR Youth OR Youths) AND (brazil)) AND (Self-Injurious Behavior OR, Behavior, Self-Injurious OR Self Injurious Behavior OR, Self-Injurious Behaviors OR, Intentional Self Injury OR Intentional Self Injuries OR, Self Injury, Intentional OR, Intentional Self Harm OR, Self Harm, Intentional OR, Nonsuicidal Self Injury OR, Nonsuicidal Self Injuries OR, Self Injury, Nonsuicidal OR, Deliberate Self-Harm OR, Deliberate Self Harm OR, Self-Harm, Deliberate OR, Self-Injury OR, Self Injury OR, Non-Suicidal Self Injury OR, Non Suicidal Self Injury OR, Non-Suicidal Self Injuries OR, Self Injury, Non-Suicidal OR, Self Harm OR, Harm, Self OR, Self-Destructive Behavior OR, Behavior, Self-Destructive OR, Self Destructive Behavior OR, Self-Destructive Behaviors). Pesquisou-se por descritores DeCS/MeSH e seus sinônimos possíveis. Não foi aplicado filtro.
Como critérios de inclusão da revisão, foram elegíveis os artigos publicados que abordassem adolescentes brasileiros de 10 a 19 anos, seguindo o conceito da OMS sobre adolescência, que estivessem envolvidos em atos auto lesivos sem intenção de suicídio. E para serem excluídos utilizou-se o critério de artigos exclusivamente qualitativos.
O estudo priorizou fontes com qualidade nas evidências científicas e buscou incluir dados específicos da população brasileira. A seleção dos estudos foi realizada de acordo com os itens de relatório preferidos para revisões sistemáticas e Declaração de meta-análise: 3 pesquisadores independentes examinaram todos os títulos e resumos, aplicando os critérios de elegibilidade. Discordâncias foram resolvidas em discussões entre os mesmos. Desta forma, selecionou-se 6 trabalhos para análise. A descrição detalhada desse processo encontra-se no diagrama de fluxo PRISMA-ScR [Figura 1].
O Gráfico 1 apresenta a evolução temporal da quantidade de publicações referentes ao tema, utilizando os descritores mencionados. Os resultados demonstram que, apesar de uma busca extensiva, há uma escassez de trabalhos publicados sobre o assunto. Além disso, observa-se uma tendência de aumento na abordagem deste tema ao longo dos últimos 15 anos, refletida por um crescimento significativo no número de publicações.
Devido à variedade de tipos de estudos e dificuldade de padronização dos mesmos, os dados foram analisados de forma descritiva, agrupando-se e resumindo as informações semelhantes achadas dentro dos artigos. O Quadro 1 apresenta as principais características dos artigos incluídos nesta revisão.
Seis artigos foram incluídos na presente revisão: cinco estudos
transversais e um estudo caso-controle. O período relatado nestes
artigos avaliados variou de 2002 a 2019. Predominantemente, os estudos
estiveram restritos à esfera municipal, com apenas dois artigos
abordando um panorama nacional [9,
Observou-se certa heterogeneidade nos delineamentos metodológicos empregados nos artigos. Os diferentes critérios para classificação de ‘’Comportamento autolesivo sem intenção suicida’’ utilizadas nos estudos, bem como os diferentes materiais usados para coleta de dados, influenciaram as variáveis extraídas para a revisão e, consequentemente, os resultados expostos, tendo em vista a dificuldade de análises comparativas pela não padronização das metodologias de pesquisa sobre essa temática.
Evidenciou-se, na literatura elegível, dois critérios de classificação
para ‘’Comportamento autolesivo sem intenção suicida’’: o primeiro, do
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), e o segundo, da Escala de Comportamento de Autolesão (ECA), que se diferenciam, sobretudo, a partir da preconização por parte
do DSM-V, de cinco ou mais dias de autolesões para determinação do
comportamento autolesivo como diagnóstico. Apenas um estudo apresentou
os resultados fazendo distinção de ambos os critérios, classificando
os adolescentes em grupos, disponibilizando dados referentes a ambos
os adolescentes classificados mediante nenhuma autolesão versus uma
autolesão não-suicida versus cinco ou mais dias de autolesão
não-suicida [7
A respeito dos meios para coleta de dados, dois estudos utilizaram
como base a Ficha de Notificação de Violência Interpessoal e
Autoprovocada [3,
A maioria dos artigos apresentaram a distribuição das variáveis sociodemográficas para amostra total estudada, a partir de análise descritiva. As únicas variáveis sociodemográficas presentes em todos os artigos foram Sexo e Faixa etária. Ao todo, foram estudados 2.032 adolescentes, em paralelo a mais de 15 mil casos notificados de comportamentos autolesivos.
O sexo feminino correspondeu a 51,3% da amostra total e a faixa de
idade variou de 10 a 19 anos. A variável Escolaridade constou em três
dos seis estudos, revelando que a maioria dos adolescentes se
encontravam no ensino fundamental (6º ao 9º ano), com alguns cursando
até o 3º ano do ensino médio [7,
A variável Raça/cor foi incluída em quatro estudos para caracterizar a
amostra total [7 – 9,
Apenas um estudo apresentou a variável Orientação Sexual
[15
O mesmo estudo que abordou renda familiar, também incluiu outras
variáveis interessantes, expondo diferenças significativas entre os
grupos nenhuma autolesão versus uma autolesão versus cinco ou mais
dias de autolesão para as variáveis Sexo, Renda familiar (<1 SM, 3 a
5SM), Atividade (Apenas estuda; Estuda e trabalha), Mora com o Pai
[7
Do total de adolescentes, 648 (31,9%) apresentavam relato de comportamento autolesivo. A expressão de autolesão sem intenção suicida correspondeu a 49,5% (321) dos adolescentes com comportamento autolesivo e 15,8% da amostra total de adolescentes.
Um estudo destacou a variável idade na primeira autolesão, expondo
pouco mais da metade das primeiras autolesões ocorrendo na
adolescência, tendo também um elevado percentual ocorrido ainda na
infância [15
Ademais, características clínicas como impulsividade, solidão e uso de
álcool foram evidenciados nos estudos. Os adolescentes que
apresentavam comportamento autolesivo, independente do quantitativo de
vezes da ação, apresentavam maiores escores de impulsividade e solidão
do que os adolescentes que não apresentaram qualquer comportamento
autolesivo (P ≤ 0,05) [7
Por fim, um estudo apresentou 12.060 internações de adolescentes por
autolesão entre 2007 e 2016, havendo predominância do sexo feminino
(58,1%) e maior ocorrência na região Sudeste (2,7 e 7,0
notificações/100 mil habitantes, nos grupos etários de 10-14 e 15-19
anos, respectivamente) [3
Observou-se na literatura científica que aborda a temática das lesões
auto provocadas, que estas são motivo de preocupação coletiva
[13
As características sociodemográficas da população estudada sofreu
limitações secundárias a enorme heterogeneidade dos dados publicados.
Contudo, a variável categórica sexo foi vista em todos os estudos
incluídos na revisão, sendo as meninas mais vulneráveis a estes
acontecimentos. Porém, um dos artigos evidenciou uma leve prevalência
no grupo do sexo masculino [8
Boa parte das auto lesões iniciaram antes dos 12 anos de idade
[15
A renda, escolaridade e raça foram menos padronizadas nas publicações.
Estes achados são de extrema importância social e em saúde coletiva
para a construção de estratégias específicas de prevenção e
intervenção para o público-alvo deste estudo. Sendo referido, em
apenas um artigo, todas estas variáveis citadas
[7
No tocante às condições clínicas, observou-se que a tentativa de
“alívio” foi citado em dois trabalhos como importante componente
cognitivo dos praticantes destes atos, que podem apresentar-se de
maneiras variadas, desde coçar-se até corte, uso de arma de fogo
dentre outras [7,
Uma problemática relevante sobre esta temática é referente às
notificações, pois os sistemas brasileiros de notificação de agravos
são pouco valorizados e subnotificação dificulta o conhecimento da
realidade brasileira [15
Notou-se, também, uma falta de dados sociodemográficos e clínicos nos
artigos revisados sobre os adolescentes brasileiros durante e após a
pandemia de COVID-19, a qual, devido a necessidade de isolamento, medo
da morte, excesso do uso de telas impactou esta população,
especialmente com aumento de ansiedade [18
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001
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