Integralidade negada, cuidado negligenciado: o estigma da doença mental no Programa Farmácia Popular do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2025.v15.1427Palavras-chave:
doença mental, estigma, medicamentos psicotrópicos, política de saúde, programas de saúde pública, farmácia popularResumo
Este artigo discute a ausência de psicofármacos no Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB), uma iniciativa para o acesso a medicamentos essenciais. Apesar de sua longa trajetória e impacto significativo, o programa ainda não inclui medicamentos psiquiátricos em sua lista, refletindo um estigma estrutural em relação às doenças mentais nas políticas públicas brasileiras. O texto analisa as consequências dessa exclusão para pacientes psiquiátricos, que enfrentam não apenas marginalização social, mas também barreiras ao acesso a tratamentos adequados. A indisponibilidade de psicotrópicos essenciais compromete a estabilidade clínica desses pacientes, aumentando hospitalizações, reduzindo a expectativa de vida e contribuindo para desfechos fatais evitáveis. Além disso, a expansão do elenco de medicamentos do PFPB em 2025, com a inclusão de 41 novos itens, evidencia a contínua exclusão da saúde mental. O artigo reforça, assim, a necessidade urgente de políticas mais inclusivas, reconhecendo os psicofármacos como parte essencial do cuidado integral em psiquiatria.
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