Saúde mental na Amazônia: mortalidade por suicídio e cobertura dos centros de atenção psicossocial no Estado do Pará de 2006 a 2015
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2018.v8.322Palavras-chave:
Suicídio, prevenção, saúde públicaResumo
Objetivos: Apresentar as taxas de suicídio no estado do Pará e os fatores sociodemográficos associados, assim como descrever as taxas de cobertura pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) entre 2006 e 2015. Métodos: Foram utilizados dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados: As taxas de suicídio do estado do Pará tiveram aumento de 44% entre 2006 e 2015, mais que o dobro do aumento nacional no mesmo período. Observou-se que o suicídio ocorre em uma relação 4:1 entre os sexos masculino e feminino; 1/3 das mortes se concentra na faixa etária de adultos jovens; a maioria é de raça/cor parda e de estado civil solteiro. O enforcamento foi o método de suicídio mais utilizado. No mesmo período, segundo o Ministério da Saúde, houve melhora da cobertura de CAPS no estado, que era de 0,48 CAPS/100 mil habitantes em 2006, considerado de nível regular/baixo, e passou a ser de 1,06 CAPS/100 mil habitantes em 2015. Conclusão: A metodologia empregada não permite estabelecer uma relação causal entre cobertura por CAPS e taxas de suicídio.
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