Sonolência diurna excessiva em estudantes de medicina em uma universidade situada na região do alto tietê
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2019.v9.331Palavras-chave:
Sonolência, qualidade de vida, estudantes de medicinaResumo
Introdução: A rotina acadêmica de estudantes de medicina pode interferir no ciclo sono-vigília e contribuir para o desenvolvimento da sonolência diurna excessiva (SDE). Essa condição prejudica a qualidade de vida e a capacidade de raciocínio do indivíduo, além de causar fadiga e risco de acidentes. Esse fato aponta para a importância de ampliar os estudos sobre o tema e investigar sua prevalência entre os estudantes de medicina, que muitas vezes apresentam sobrecarga de atividades. Objetivo: Avaliar a frequência de SDE entre estudantes de graduação em medicina, bem como identificar a chance de ocorrência de sintomas de SDE em diferentes etapas do curso de graduação. Método: O Questionário Fletcher e Luckett para avaliação dos distúrbios do sono foi aplicado a estudantes cursando do 1º ao 4º ano de uma escola particular de medicina. O estudo foi transversal e quantitativo, e os dados coletados foram analisados por meio do software R versão 3.5.1 (R Core Team, 2018). Resultados: A prevalência de sintomas pelo menos leves (escore >1) foi observada em 44% dos alunos, sendo que 6% apresentaram escore diário próximo a 2, correspondendo a um grau moderado de gravidade, apresentando sinais de SDE, principalmente entre as mulheres , que apresentaram sintomas intensificados. Conclusão: A sobrecarga de atividades ao longo do currículo médico pode afetar significativamente o ciclo sono-vigília dos alunos, resultando no aparecimento de sintomas de SDE que, uma vez identificados, devem ser acompanhados por ações para preveni-los e alertar os alunos sobre seus riscos.
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