Análise do uso de metilfenidato por vestibulandos e graduandos de medicina em uma cidade do estado de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.25118/2236-918X-7-6-1Palavras-chave:
Metilfenidato, estudantes, uso não prescritoResumo
Introdução: Há um uso indiscriminado de metilfenidato por vestibulandos e universitários de medicina com a finalidade de melhorar o desempenho acadêmico. Objetivo: Avaliar prevalência de estudantes que utilizam a medicação e efeitos colaterais do uso irregular em indivíduos não acometidos de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Métodos: Este foi um estudo transversal com aplicação de questionários no curso pré-vestibular Intertexto Poliedro e nos três primeiros anos do curso de medicina da Universidade de Mogi das Cruzes. Resultados: Foram avaliados 48 vestibulandos e 154 universitários, sendo 25 do primeiro ano, 59 do segundo ano, 51 do terceiro ano e 19 que não especificaram. A média de idade geral foi de 20,7 anos, e a prevalência do uso do medicamento na amostra foi de 13,3%, porém houve relato de uso de outros estimulantes, como cafeína, sibutramina e ecstasy. A maioria dos estudantes que já utilizaram metilfenidato não possuíam TDAH (63%), mas o utilizaram para melhorar o desempenho acadêmico. Foram relatados também efeitos colaterais e aumento de dose com uso contínuo. Conclusão: Foi observado um consumo de metilfenidato sem prescrição médica expressivo entre os vestibulandos e universitários avaliados, resultado que se assemelha à literatura.
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