Antidepressivos, depressão na gravidez e autismo: qual é a real associação?

Autores

  • Amaury Cantilino Professor adjunto, Departamento de Neuropsiquiatria, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE.
  • Joel Rennó Jr Diretor, Programa de Saúde Mental da Mulher (Pro-Mulher), Instituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP.
  • Hewdy Lobo Ribeiro Psiquiatra, Pro-Mulher, Instituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, USP, São Paulo, SP.
  • Juliana Pires Calvasan Psiquiatra, Pro-Mulher, Instituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, USP, São Paulo, SP.
  • Jerônimo de A. Mendes Ribeiro Especialista em Psiquiatria pela ABP. Pesquisador, Grupo de Psiquiatria - Transtornos Relacionados ao Puerpério, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCPA), Porto Alegre, RS.
  • Gislene Valadares Membro fundadora, Serviço de Saúde Mental da Mulher, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), Seção de Saúde Mental da Mulher da WPA, e International Association of Women’s Mental Health.
  • Renan Rocha Coordenador, Serviço de Saúde Mental da Mulher, Clínicas Integradas, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC.
  • Antônio Geraldo da Silva Diretor científico, Programa de Atualização em Psiquiatria (PROPSIQ), Sistema de Educação Continuada a Distância (SECAD). https://orcid.org/0000-0003-3423-7076

DOI:

https://doi.org/10.25118/2236-918X-7-5-4

Palavras-chave:

Transtornos do espectro autista, autismo, antidepressivos, gravidez

Resumo

No início dos anos 2010, pesquisadores levantaram a suspeita de que a exposição pré-natal a antidepressivos poderia contribuir para o aumento do risco de transtornos do espectro autista (TEA). Estudos de caso-controle reafirmaram esta ideia, enquanto que os estudos de coorte mostraram resultados inconsistentes. Os pesquisadores que utilizaram técnicas para controle de variáveis confundidoras, como idade materna, gravidade da depressão, tabagismo, consumo de álcool, obesidade, entre outras, não encontraram associação significativa entre antidepressivos na gravidez e TEA. O grupo de mulheres que tomam medicação é diferente do grupo daquelas deprimidas que não tomam, e talvez estes fatores expliquem as diferenças nas taxas de autismo encontradas na prole. Além disso, alguns estudos em famílias mostram taxas aumentadas de transtorno do humor nos pais de crianças com autismo, sendo também possível que haja uma sobreposição de fatores genéticos entre transtornos de humor e TEA, o que leva a um outro viés nas pesquisas sobre este assunto.

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Referências

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Publicado

2017-10-31

Como Citar

1.
Cantilino A, Rennó Jr J, Ribeiro HL, Calvasan JP, Ribeiro J de AM, Valadares G, Rocha R, Silva AG da. Antidepressivos, depressão na gravidez e autismo: qual é a real associação?. Debates em Psiquiatria [Internet]. 31º de outubro de 2017 [citado 23º de dezembro de 2024];7(5):30-6. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/79

Edição

v. 7 n. 5 (2017)

Seção

Artigos de Revisão

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