Fatores de risco associados à esquizofrenia resistente ao tratamento em primeiro episódio psicótico
DOI:
https://doi.org/10.25118/2236-918X-7-4-1Palavras-chave:
Primeiro episódio psicótico, esquizofrenia resistente ao tratamento, fatores de riscoResumo
Objetivo: Ainda não está claro quais são os fatores de risco para a esquizofrenia resistente ao tratamento (ERT) em primeiro episódio psicótico (PEP). O objetivo deste trabalho é investigar indicadores de risco para ERT em PEP. Métodos: Foram selecionados 53 pacientes em primeiro episódio psicótico, com diagnóstico de esquizofrenia, que deram entrada à enfermaria de psiquiatria do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo entre 2011 e 2015. Ao ser admitido na enfermaria, o paciente era avaliado com a Escala de Sintomas para as Síndromes Positiva e Negativa (Positive and Negative Syndrome Scale – PANSS) e recebia tratamento inicial por 4 semanas. Caso sua resposta fosse inferior a 40% de redução na PANSS, o antipsicótico era trocado, e as escalas eram aplicadas novamente após mais 4 semanas. Após a falha com dois antipsicóticos, em doses plenas, por 4 semanas cada, a clozapina era introduzida, e o paciente era considerado ERT. Uma regressão logística foi aplicada onde sexo, idade de início, tempo de doença não tratada, uso de substâncias, avaliação global do funcionamento inicial e PANSS inicial total foram inseridos como variáveis independentes, e ERT foi inserida como variável dependente. Resultados: Tempo de doença não tratada apresentou significância de p = 0,038 e Exp (B) = 4,29, enquanto que PANSS total apresentou p = 0,012 e Exp (B) = 1,06. Conclusão: Identificar os fatores associados à resistência precoce ao tratamento poderia permitir aos clínicos evitar o atraso na introdução da clozapina e prevenir um pior prognóstico para esses pacientes.
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