Uso de anticolinesterásicos na doença de Alzheimer

Autores

  • Kellen Klein Pereira Médica residente em Psiquiatria, Escola de Saúde Mental do Rio de Janeiro, Instituto Municipal Philippe Pinel, Rio de Janeiro, RJ
  • Valeska Marinho Rodrigues Centro para Doença de Alzheimer, Instituto de Psiquiatria (IPUB), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.25118/2236-918X-5-3-3

Palavras-chave:

Doença de Alzheimer, tratamento, anticolinesterásicos

Resumo

A doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência, caracterizada por início insidioso e curso progressivo, com declínio cognitivo, comprometimento da autonomia e da capacidade de realização de atividades de vida diária, alterações de humor e de comportamento. Ao longo do curso da doença, podem ser observadas manifestações clínicas de diversas naturezas: cognitivas,
com declínio na capacidade mnêmica, de linguagem, visuoespacial, habilidades construcionais, função executiva, entre outras; comportamentais, como depressão, ansiedade, comportamento violento/agitado; insônia; comprometimento da capacidade de realização de atividades de vida diária; impacto sobre independência e qualidade de vida do paciente e seu cuidador. Atualmente, o tratamento da DA se baseia no uso de inibidores da colinesterase, com a proposta de estabilizar ou alentecer o curso da doença.
As evidências disponíveis sugerem uma melhora média de -2,7 pontos (intervalo de confiança de 95%: -3,0 a -2,3) na faixa de 70 pontos na Alzheimer’s Disease Assessment Scale-Cognitive Subscale (ADAS-cog) por um período de 6 meses a 1 ano em pacientes com demência leve, moderada e grave, além de melhor controle dos sintomas comportamentais associados. Este artigo revisa dados recentes sobre o uso de anticolinesterásicos na DA, o momento de sua introdução, duração do tratamento e principais marcadores de eficácia.

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Biografia do Autor

Kellen Klein Pereira, Médica residente em Psiquiatria, Escola de Saúde Mental do Rio de Janeiro, Instituto Municipal Philippe Pinel, Rio de Janeiro, RJ

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Valeska Marinho Rodrigues, Centro para Doença de Alzheimer, Instituto de Psiquiatria (IPUB), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

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Publicado

2015-06-30

Como Citar

1.
Pereira KK, Rodrigues VM. Uso de anticolinesterásicos na doença de Alzheimer. Debates em Psiquiatria [Internet]. 30º de junho de 2015 [citado 19º de dezembro de 2024];5(3):18-23. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/911

Edição

Seção

Artigos de Atualização

Plaudit