Associação entre transtornos mentais e autoavaliação de saúde em idosos
DOI:
https://doi.org/10.25118/2236-918X-7-5-1Palabras clave:
Saúde mental, idosos, autoavaliaçãoResumen
Objetivos: Analisar fatores associados à autoavaliação de saúde em idosos com transtornos mentais. Métodos: Estudo quantitativo, analítico transversal, realizado com 138 idosos portadores de transtornos mentais em um ambulatório de saúde mental. A variável de desfecho foi a autoavaliação de saúde. As variáveis de exposição foram demográficas (sexo, idade, escolaridade e estado conjugal), atividades básicas de vida diária (ABVD), atividades instrumentais de vida diária (AIVD) e características dos transtornos mentais (idade do primeiro diagnóstico, quantidade e categorias dos diagnósticos). Para a análise, foi utilizado o teste qui-quadrado. Resultados: Ser analfabeto, ter ensino fundamental incompleto e dependência severa ou total no teste de ABVD tiveram associação com autoavaliação negativa de saúde. A análise estatística mostra significância entre características dos transtornos mentais e autoavaliação de saúde. Idosos que tem apenas um diagnóstico avaliaram sua saúde como positiva. Os diagnósticos de transtornos mentais e comportamentais do grupo F20-F29 segundo a 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) apresentaram associação com autoavaliação positiva de saúde. Já os do grupo F30-F39 tiveram uma autoavaliação negativa de saúde. Conclusões: Há associação de fatores demográficos, do grau de dependência para ABVD e das características dos transtornos mentais com a autoavaliação de saúde dessa população. Esses dados mostram a necessidade de maior conhecimento das condições de saúde dos idosos com transtornos mentais, no sentido de implementar medidas que visam minimizar o impacto da doença mental no processo de envelhecimento.
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