Depressão e subtratamento em pessoas com HIV AIDS

Autores

  • Márcio José Dal-Bó Coordenador, Residência Médica em Psiquiatria, Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus dos Passos, HCSBJP, Laguna, SC, Brasil https://orcid.org/0009-0002-4916-1502
  • Leonardo Kfouri Medeiros Residência e Especialização em Psiquiatria, Hospital Senhor Bom Jesus dos Passos, Laguna, SC, Brasil https://orcid.org/0000-0002-8789-4515
  • Bruno Pedro Marques de Avellar Dal-Bó Graduando, Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina, UniSul, Tubarão, SC, Brasil https://orcid.org/0009-0007-7483-981X
  • Gislaine Tezza Rezin Professora, Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade do Sul de Santa Catarina, UniSul, Laguna, SC, Brasil
  • Rosemeri Maurici da Silva Professora, Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC, Brasil https://orcid.org/0000-0001-9627-2112

DOI:

https://doi.org/10.25118/2763-9037.2025.v15.1398

Palavras-chave:

Depressão, HIV, Saúde Mental, AIDS, uso de medicamentos

Resumo

Introdução: O transtorno depressivo maior (TDM) é uma das condições psiquiátricas mais prevalentes e subdiagnosticadas entre indivíduos vivendo com HIV AIDS. Sua ocorrência é significativamente maior nesse grupo em comparação à população geral, frequentemente associada ao subtratamento levando a prejuízos na quantidade e qualidade de vida dessas pessoas. Objetivo: Avaliar o indicativo de depressão e seu subtratamento em indivíduos com HIV AIDS. Método: Foi realizado um estudo transversal entre 1º de maio e 31 de julho de 2011, com todos os indivíduos atendidos no centro de tratamento de AIDS de uma cidade no sul de Santa Catarina. Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos sob o código 11.067.4.01.III O Inventário de Depressão de Beck foi utilizado para detectar indicativo de depressão, e os prontuários foram consultados para verificar os fármacos em uso e avaliar o possível subtratamento Resultados: A prevalência de indicativo de depressão entre os participantes do referido estudo foi de 53,7%. Destes, 57,8% não usavam medicações psiquiátricas. Especificamente, 79% não utilizavam antidepressivos, 75% não usavam benzodiazepínicos, 94% não faziam uso de estabilizadores de humor e 98% não utilizavam antipsicóticos. Apenas 2,7% usavam outras medicações psiquiátricas e/ou combinações medicamentosas. Discussão: Embora a prevalência de depressão tenha sido significativa, observou-se um índice elevado de subtratamento, e houve um importante percentual de indivíduos não recebendo intervenções adequadas. Conclusão: O subtratamento da depressão nos indivíduos com HIV AIDS indica a necessidade de ações para aprimorar a capacidade diagnóstica e de intervenções psiquiátricas nesta população. A ampliação de estratégias de saúde mental pode contribuir para o manejo integral e eficaz, além de melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

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Biografia do Autor

Márcio José Dal-Bó, Coordenador, Residência Médica em Psiquiatria, Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus dos Passos, HCSBJP, Laguna, SC, Brasil

Leonardo Kfouri Medeiros, Residência e Especialização em Psiquiatria, Hospital Senhor Bom Jesus dos Passos, Laguna, SC, Brasil

Bruno Pedro Marques de Avellar Dal-Bó, Graduando, Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina, UniSul, Tubarão, SC, Brasil

Gislaine Tezza Rezin, Professora, Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade do Sul de Santa Catarina, UniSul, Laguna, SC, Brasil

Rosemeri Maurici da Silva, Professora, Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC, Brasil

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Publicado

2025-04-14

Como Citar

1.
Dal-Bó MJ, Medeiros LK, Dal-Bó BPM de A, Rezin GT, Silva RM da. Depressão e subtratamento em pessoas com HIV AIDS . Debates em Psiquiatria [Internet]. 14º de abril de 2025 [citado 24º de abril de 2025];15:1-19. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/1398

Edição

Seção

Artigos Originais

Plaudit