Doença mental e cultura: uma perspectiva antropológica
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2012.v2.888Palabras clave:
Antropologia, Cultura, Doença Mental, Psiquiatria SocialResumen
As questões ligadas à saúde, especialmente, a doença e a cura, compreendidas enquanto resultantes de fenômenos biológicos, psicológicos, sociais e culturais, são explicadas diferentemente pelos paradigmas das Ciências Biomédicas e das Ciências Sociais.
Método: Para essa discussão foi realizada uma revisão bibliográfica não exaustiva com destaque para os principais trabalhos abordando as questões relacionadas as contribuições antropológicas para a compreensão da experiência do adoecimento relativo a saúde/doença mental, como significam e como simbolizam aqueles que se encontram envolvidos direta ou indiretamente com esse fenômeno, sob a influência da cultura. Resultados, Discussão e Conclusões: Os estudos evidenciam as contribuições da Antropologia aplicada à Saúde, tanto pelo empréstimo de seu método e técnicas próprios de pesquisa, quanto por todo suporte teórico que a caracteriza como uma disciplina científica de apreensão do fato social e de compreensão dos fenômenos que envolvem o homem e seu modo de vida.
Descargas
Métricas
Citas
Weber CAT. Morada São Pedro: Uma Etnografia da Inclusão Social de Doentes Mentais Desospitalizados. [Tese]. São Paulo (SP): Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo, 2011.
Geertz C. A interpretação das culturas. 1ª Ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2008.
Mauss M.; Sociologia e Antropologia. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Cosac Naify, 2003
Nakamura E. O Lugar do Método Etnográfico Em Pesquisa Sobre Saúde, Doença e Cuidado. In: Nakamura E, Martin D, Santos JQ. Antropologia para Enfermagem. São Paulo: Manole, 2008: 15-35.
Langdon EJ. Cultura e os processos de saúde e doença. In: Anais do Seminário sobre Cultura, Saúde e Doença? Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento... (et al), Organização: Leila S. Jeolás. Marlene de Oliveira – Londrina, 2003:91-107.
Trostle JA, Sommerfeld J. Medical anthropology and epidemiology. Annual Review of Anthropology; 1996; 25:253-274. DOI: https://doi.org/10.1146/annurev.anthro.25.1.253
Raynaut C. Interfaces entre a antropologia e a saúde: em busca de novas abordagens conceituais. Rev Gaúcha Enferm; 2006; 27:49-65.
Uchôa E, Vidal JM. Antropologia Médica: Elementos Conceituais e Metodológicos para uma Abordagem da Saúde e da Doença. Cad. Saúde Públ. 1994; 10: 497-504. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X1994000400010
Kleinman A, Good B (Eds.). Culture and Depression: Studies in Anthropology and Cross-Cultural Psychiatry of Affect and Disorder. Berkeley: University of California Press, 1985. DOI: https://doi.org/10.1525/9780520340923
Corin E. The cultural articulation of experience in schizophrenics. In: Strauss JS, Zaumseil M, editors. Relatório apresentado no Simpósio Subject-Oriented Research do XIV Congresso Mundial de Psiquiatria Social; Hamburgo, 1994.
Villares CC, Redko CP, Mari JJ. Concepções de doença por familiares de pacientes com diagnóstico de esquizofrenia. Rev. Bras. Psiquiatr. 1999; 21:36-47. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-44461999000100008
Brislin R, Lonner W, Thorndike R. Cross-Cultural Research Methods. New York: John Wiley, 1973.
Fabrega H. Disease and Social Behavior: An Interdisciplinary Perspective. Cambridge: Massachusetts Institute of Technology Press, 1974.
Fabrega H. Psychiatric Diagnosis: A Cultural Perspective. Journal of Nervous and Mental Diseases; 1987; 175:383-394. DOI: https://doi.org/10.1097/00005053-198707000-00001
Hooper K. Some Old Questions for the New Crosscultural Psychiatry. Medical Anthropology. 199; 5:299-330. DOI: https://doi.org/10.1525/maq.1991.5.4.02a00020
Kleinman A. Depression, Somatization and the ‘New’ Cross-cultural Psychiatry. Culture, Medicine and Psychiatry; 1977; 6:1-39. DOI: https://doi.org/10.1016/0037-7856(77)90138-X
Kleinman A. Rethinking Psychiatry: From Cultural Category to Personal Experience. New York: Free Press, 1988.
Marsella AJ. Cross-cultural Studies of Mental Disorders. In: Marsella AJ, Tharp R, Ciborowski T. (eds.) Perspectives on Cross-Cultural Psychology. New York: Academic Press, 1979.
Mezzich JE, Berganza CE. Culture and Psychopathology. New York: Columbia University Press, 1984.
Triandis H, Berry J (eds.) Handbook of Cross-Cultural Psychology. vol. 2: Methodology, Boston, Allyn & Bacon, 1980.
Triandis H, Draguns J (eds.) Handbook of Cross-Cultural Psychology. vol. 6: Psychopathology. Boston: Allyn & Bacon, 1980.
Devereux G. Etnopsiquiatria, Análise Psicológica, Instituto Superior de Psicologia Aplicada; 1981; 4:521-525.
Laplantine F. Apreender etnopsiquiatria, São Paulo: Brasiliense, 1998.
Laplantine F. Antropologia da Doença. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Kleinman A. Patients and Healers in the Context of Culture. Berkeley: University of Califórnia Press, 1988.
Kleinman A. Local Worlds of Suffering: An Interpersonal Focus for Ethnographies of Illness Experience. “Qualitative Health Research”; 1992; 2:127-134. DOI: https://doi.org/10.1177/104973239200200202
Good BJ. Medicine, Rationality and Experience. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.
Helman, C. G. – Cultura – Saúde e Doença, 2ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
Eisenberg, L. – The Social Construction of Mental Illness. Psychological Medicine; 1988;18:1-98. DOI: https://doi.org/10.1017/S0033291700001823
Quartilho, M. J. R. – Sintomas e Cultura, Psiquiatria Clínica; 1995;16:5-10.
Quartilho, M. J. R. – Cultura, Medicina e Psiquiatria: Do Sintoma à Experiência. Coimbra: Quarteto Editora, 2001.
Smith M, Lin K, Mendoza R. ‘Non-biological’ issues affecting psychopharmacotherapy: Cultural considerations.In: Lin K, Poland R, Nakasaki G. (eds.), Psychopharmacology and Psychobiology of Ethnicity. Washington, American Psychiatric Press, 1993.
Lin K, Poland R, Nakasaki G. (Eds.) Psychopharmacology and Psychobiology of Ethnicity. Washington: American Psychiatric Press, 1993.
Rudorfer M. Pharmacokinetics of Psychotropic Drugs in Special Populations. Journal of Clinical Psychiatry. 1993:54(supl): 50-54.
Desjarlais RR, Eisenberg L, Good BJ, Kleinman A. World Mental Health. New York: Oxford University Press, 1995. DOI: https://doi.org/10.1093/oso/9780195095401.001.0001
Kleinman A, Eisenber L, Good B. Culture, illness and care. Ann Intern Med; 1978; 88: 251-258. DOI: https://doi.org/10.7326/0003-4819-88-2-251
Kleinman A, Hahn R. The sociocultural model of illness and healing: review and policy implications. New York: Rockfeller Foundation Working Papers; 1981.
Kleinman A. Editor’s note. Cult Med Psychiatry; 1983; 7: 97-9. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00250001
Rodrigues JC. Tabu do corpo. Rio de Janeiro: Achiamé; 1983.
Fabrega H. Cultural Challenges to the Psychiatric Enterprise. Comprehensive Psychiatry; 1995; 36:377-383. DOI: https://doi.org/10.1016/S0010-440X(95)90119-1
Davis DL, Herdt G. Cultural Issues and the Sexual Disorders of the DSM-IV. In: Widiger T, Frances AJ, Pincus HA. (eds.) Sourcebook for DSM-IV, Washington: American Psychiatric Press, 1997.
Lewis-Fernández R, Kleinman A. Cultural Psychiatry: Theoretical, Clinical, and Research Issues. Psychiatric Clinics of North America; 1995; 18:433-448. DOI: https://doi.org/10.1016/S0193-953X(18)30033-9
Nuckolls CW. Toward a Cultural History of the Personality Disorders. Social Science and Medicine; 1992;35:37-47. DOI: https://doi.org/10.1016/0277-9536(92)90117-9
Ritenbaugh C, Shisslak CL, Teufel N, Leonard-Green TK, Prince R. Eating Disorders: A Cross-cultural Review in Regard to DSM-IV. In: Widiger T, Frances AJ, Pincus HA. (eds.) Sourcebook for DSM-IV. Washington: American Psychiatric Press, 1997.
Geertz C. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
Canesqui AM. Os estudos de antropologia da saúde/doença no Brasil na década de 1990. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2003; 8:109-124. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232003000100009
Fabrega H. On the significance of an anthropologicalapproach to schizophrenia. Psychiatry; 1989:52: 45-65. DOI: https://doi.org/10.1080/00332747.1989.11024429
Corin E. Facts and meaning in psychiatry: an anthropological approach to the lifeworld of schizophrenics. Cult Med and Psychiatry. 1990;14: 153-88. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00046659
Mateus MD, Santos JQ, Mari JJ. Popular conceptions of schizophrenia in Cape Verde, Africa. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2005:27: 101-107. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-44462005000200006
Organização Mundial da Saúde. CID -10. Tradução Centro da OMS para Classificação de Doenças em Português, 2ª ed, 10ª Revisão. São Paulo: Editora da USP, 1997.
Mari JJ, Leitão RJ. A epidemiologia da esquizofrenia. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000:22 (supl.1): 15-17. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-44462000000500006
Guimarães PN. Experiências de vida de pacientes esquizofrênicos e seus familiares: uma perspectiva cultural da doença. [Tese] São Paulo (SP): Departamento de Psiquiatria, UNIFESP, 2010.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2012 César Augusto Trinta Weber
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Debates em Psiquiatria permite que el (los) autor (es) mantenga(n) sus derechos de autor sin restricciones. Permite al (los) autor (es) conservar sus derechos de publicación sin restricciones. Los autores deben garantizar que el artículo es un trabajo original sin fabricación, fraude o plagio; no infringe ningún derecho de autor o derecho de propiedad de terceros. Los autores también deben garantizar que cada uno atendió a los requisitos de autoría conforme a la recomendación del ICMJE y entienden que, si el artículo o parte de él es fallido o fraudulento, cada autor comparte la responsabilidad.
Reconocimiento-NoComercial 4.0 internacional (CC BY-NC 4.0) - Debates em Psiquiatria es regida por la licencia CC-BY-NC
Usted es libre de:
- Compartir — copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato
- Adaptar — remezclar, transformar y crear a partir del material
El licenciador no puede revocar estas libertades mientras cumpla con los términos de la licencia. Bajo las condiciones siguientes:
- Reconocimiento — Debe reconocer adecuadamente la autoría, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios<. Puede hacerlo de cualquier manera razonable, pero no de una manera que sugiera que tiene el apoyo del licenciador o lo recibe por el uso que hace.
- NoComercial — No puede utilizar el material para una finalidad comercial.
No hay restricciones adicionales — No puede aplicar términos legales o medidas tecnológicas que legalmente restrinjan realizar aquello que la licencia permite.