Avaliação da presença de sintomas de ansiedade e depressão em estudantes de medicina em Sergipe

Autores

  • Gabriela de Santana Mendes Rollemberg Acadêmica de Medicina, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lagarto, SE. https://orcid.org/0000-0002-6932-2193
  • Antonio Juviniano Santana de Aragão Professor coorientador. Médico psiquiatra, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Hospital Universitário – Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), Aracaju, SE. Professor assistente, Universidade Tiradentes, Aracaju, SE. Preceptor da Residência Médica em Psiquiatria, Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia, Aracaju, SE.
  • Ana Maria Fantini Silva Professora orientadora. Professora, do Departamento de Medicina, UFS, Lagarto, SE.

DOI:

https://doi.org/10.25118/2763-9037.2018.v8.312

Palavras-chave:

Estudantes de medicina, depressão, ansiedade

Resumo

A presença de transtornos psiquiátricos durante a formação acadêmica é comum, sendo os depressivos e ansiosos os mais presentes. A depressão e a ansiedade são transtornos multifatoriais que envolvem diversos aspectos que devem ser levados em consideração para sua avaliação, acompanhamento e tratamento. Essas patologias podem afetar a vida acadêmica do estudante, fazendo com que o mesmo abandone suas atividades, saia de seu círculo social ou até mesmo desista do curso. Esta pesquisa avaliou a presença de sintomas de ansiedade e depressão em 143 estudantes do curso de medicina, com amostras semelhantes em cada ano do curso da Universidade Federal de Sergipe - Campus Lagarto. Os participantes responderam dois questionários, o BDI (Beck Depression Inventory) e o BAI (Beck Anxiety Inventory) em aplicações coletivas presenciais em intervalos de aulas. Os resultados principais evidenciaram que 25,87% dos estudantes apresentaram algum grau de ansiedade de leve a grave, e 24,47% de depressão de leve a grave. A maior prevalência se encontrou no sexo feminino (68,57% dos casos de depressão e 70,27% dos de ansiedade, ambos de leve a grave) e índices significativamente mais altos de depressão no segundo ano (45,45% dos casos moderados e 66,67% dos graves), e de ansiedade no segundo ano (55,56% dos casos moderados e 50% dos graves) e no quinto ano (37,5% dos graves), que corresponde ao início do internato. Estes resultados mostram a importância da avaliação e  acompanhamento do bem-estar emocional dos estudantes durante a graduação e da criação de serviços de apoio à saúde mental dos estudantes.

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Publicado

2018-03-30

Como Citar

1.
Rollemberg G de SM, Aragão AJS de, Silva AMF. Avaliação da presença de sintomas de ansiedade e depressão em estudantes de medicina em Sergipe. Debates em Psiquiatria [Internet]. 30º de março de 2018 [citado 19º de dezembro de 2024];8(3):6-13. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/312

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