Historiografia nosológica psiquiátrica - Parte II: psicofarmacologia e perspectivas somatogênicas
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.1032Palavras-chave:
classificação, psiquiatria, psicofarmacologia, neurociências, nosologia, taxonomia, história da medicinaResumo
Introdução: A história da psiquiatria abrange a evolução dos conceitos sobre a relação entre corpo e mente e também da definição de normalidade, que dependem dos conhecimentos e costumes de diferentes épocas e lugares. Para uma melhor compreensão deste percurso, este estudo privilegiou a apresentação das principais figuras influentes na construção da nosologia e das classificações psiquiátricas desdobradas sobretudo numa base descritiva ou causal, a partir da condução psíquica ou somática, desde o Renascimento Ocidental. Este artigo, o segundo de uma série de duas partes, discute principalmente a importância da psicofarmacologia para uma melhor compreensão dos transtornos mentais e suas classificações. A primeira parte é um preâmbulo ao desenvolvimento histórico da nova nosografia e da psicofarmacologia. Método: Revisão narrativa baseada em fontes secundárias. Resultados: O presente artigo ilustra como melhora a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos subjacentes à doença mental, empregando principalmente a psicofarmacologia que pode levar à reclassificação de certos transtornos mentais. Esta visão reducionista natural das ciências deve estar em cooperação com uma compreensão integrativa do ser humano, como é habitual nas humanidades. Conclusão: O estudo da noso-historiografia psiquiátrica ajuda a compreender a evolução conceitual das doenças mentais e a importância mais recente da psicofarmacologia para isso.
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