Novas faculdades de medicina, solução ou problema?
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2024.v14.1325Palavras-chave:
disparidades nos níveis de saúde, educação médica, faculdades de medicina, força de trabalho em saúde, sistemas de saúde, qualidade da saúde, acessibilidade aos serviços de saúde, saúde pública, alocação de recursos, desigualdade em saúde, treinamento médicoResumo
Nos últimos anos, o Brasil experimentou um crescimento significativo no número de faculdades de medicina. O governo justifica essa expansão como uma resposta à demanda crescente por médicos em um país de grandes dimensões e população superior a 211 milhões de habitantes. Contudo, essa multiplicação levanta preocupações sobre a qualidade da formação médica e a real solução para os problemas de saúde pública. A má distribuição de médicos no Brasil é mais uma questão estrutural ligada à organização do sistema de saúde e à alocação de recursos, do que uma falta de profissionais. Além disso, a abertura de novas faculdades sem controle rigoroso de qualidade pode comprometer a excelência da formação médica. O crescimento exponencial do número de faculdades não garante uma distribuição equitativa de médicos ou melhoria na qualidade do atendimento. É essencial adotar uma abordagem estratégica para resolver a distribuição de médicos, investindo na gestão do sistema de saúde e infraestrutura adequada.
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