Hipomania induzida por aripiprazol em uma paciente com depressão resistente ao tratamento

Autores

  • Dennison Carreiro Monteiro Professor Assistente, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, FCM/UPE, Recife, PE, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3672-9894
  • João Cortez de Oliveira Graduando, Medicina, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, FCM/UPE, Recife, PE, Brasil https://orcid.org/0009-0008-9660-0938
  • Thamires da Silva Sampaio Medrado Graduanda, Medicina, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, FCM/UPE, Recife, PE, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3260-4936
  • Víctor Câmara Gusmão Cardoso Graduando, Medicina, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, FCM/UPE, Recife, PE, Brasil https://orcid.org/0009-0008-5937-3393
  • Vitor Gama Vieira de Araújo Régis Graduando, Medicina, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, FCM/UPE, Recife, PE, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.25118/2763-9037.2024.v14.1340

Palavras-chave:

aripiprazol, antipsicóticos, transtorno depressivo maior, mania, efeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentos, transtorno depressivo resistente a tratamento

Resumo

Introdução: O aripiprazol é classificado como um antipsicótico atípico de terceira geração e amplamente utilizado nos transtornos psicóticos, episódios de mania/hipomania e no transtorno depressivo maior resistente ao tratamento. Exerce sua ação através do agonismo parcial nos receptores dopaminérgicos D2 e no serotoninérgico 5-HT1A, além do antagonismo nos receptores 5-HT2A, sendo a indução de mania/hipomania um evento considerado raro. Apresentação do caso: Este relato descreve o caso de uma mulher de 63 anos, com transtorno depressivo persistente, que apresentou quadro de hipomania logo após iniciar aripiprazol em baixa dose (5 mg em dias alternados), para potencialização antidepressiva. Método: Relato de caso. CAAE: 82055624.7.0000.5192 Parecer N. 7.062.61  Discussão: A prescrição do aripiprazol em doses reduzidas tem efeito predominantemente “estimulante”, podendo desencadear sintomas de hipomania/mania. Constata-se que os sintomas podem iniciar de maneira precoce e que não há indícios de relação entre a quantidade de medicamento prescrito e o momento de início, intensidade ou duração das mudanças de humor. A prevalência real desses eventos pode ser subestimada, frequentemente confundidos com acatisia, dificultando o diagnóstico. Conclusões: Destaca-se a necessidade de cautela e vigilância quanto a eventuais alterações de humor quanto prescritas baixas doses de aripiprazol para pacientes com transtorno depressivo resistente.

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Biografia do Autor

Dennison Carreiro Monteiro, Professor Assistente, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, FCM/UPE, Recife, PE, Brasil

João Cortez de Oliveira, Graduando, Medicina, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, FCM/UPE, Recife, PE, Brasil

Thamires da Silva Sampaio Medrado, Graduanda, Medicina, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, FCM/UPE, Recife, PE, Brasil

Víctor Câmara Gusmão Cardoso, Graduando, Medicina, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, FCM/UPE, Recife, PE, Brasil

Vitor Gama Vieira de Araújo Régis, Graduando, Medicina, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, FCM/UPE, Recife, PE, Brasil

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Publicado

2024-11-15

Como Citar

1.
Monteiro DC, Oliveira JC de, Medrado T da SS, Cardoso VCG, Régis VGV de A. Hipomania induzida por aripiprazol em uma paciente com depressão resistente ao tratamento. Debates em Psiquiatria [Internet]. 15º de novembro de 2024 [citado 21º de dezembro de 2024];14:1-9. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/1340

Edição

Seção

Relato de Caso

Plaudit

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