Elevada prevalência de depressão em pacientes de um ambulatório de referência em fibromialgia
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2022.v12.222Palavras-chave:
depressão, fibromialgia, disfunçãoResumo
Introdução: Fibromialgia (FM) é uma síndrome dolorosa crônica e, frequentemente ocorre concomitantemente com depressão, mas as taxas dessa co-ocorrência são inconsistentes entre os estudos, com grande variabilidade. Objetivo: Investigar e comparar a prevalência de depressão em pacientes do ambulatório de fibromialgia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (FM) e em pacientes sem fibromialgia atendidas na unidade básica de saúde (SFM). Assim como avaliar idade, índice socioeconômico, emprego e uso de serviços de saúde mental nessas populações. Método: Estudo transversal onde foram avaliadas 35 mulheres com FM e 27 SFM. Para avaliação da presença de depressão utilizamos o Inventário de Depressão de Beck e para as demais variáveis utilizamos um questionário de dados sociodemográficos. Como a amostra com FM foi majoritariamente composta por mulheres, optamos por excluir os homens das análises. Comparamos os resultados das amostras de acordo com a origem e posteriormente avaliamos apenas a amostra com fibromialgia, quando realizamos uma análise de correlação exploratória e subsequentemente dividimos em FM com depressão e FM sem depressão para explorar as possíveis diferenças entre as variáveis. Resultados: A prevalência de depressão observada no período do estudo foi de 65,7% na amostra FM e de 29,6% na SFM. As pacientes com FM eram significativamente mais velhas (53,9 anos e 40 anos), com maior proporção de mulheres aposentadas e do lar, com menor índice socioeconômico e com maior uso de serviço de saúde mental, quando comparadas às SFM. Conclusão: Dada a alta prevalência de transtorno depressivo em nosso estudo, podemos sugerir que todos os pacientes diagnosticados com fibromialgia deveriam ser sistematicamente investigados quanto à presença de depressão na tentativa de diagnóstico e intervenções precoces.
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