Moradias assistidas para pacientes dependentes químicos: realidade ou utopia?
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2013.v3.384Palavras-chave:
residência terapêutica, dependência de substâncias, tratamentoResumo
Indivíduos dependentes de álcool e drogas com histórias de abandono, encarceramento, e falta de apoio social para a vida em sobriedade são particularmente mais vulneráveis à recaída quando não encontram a prestação de serviços de longo prazo baseados no reforço comunitário e que apoiam a sobriedade. Neste contexto, a Moradia Assistida tem como objetivo promover um serviço de cuidados posteriores a dependentes químicos que não necessitam seguir institucionalizadas, mas que se beneficiariam de uma estrutura com maior suporte de tratamento. Os moradores geralmente desenvolvem fortes laços psicológicos e sociais e têm sido referidos como “ famílias alternativas”, evocando, assim, o conceito antropológico de parentesco fictício. Os resultados tanto quantitativos quanto qualitativos sugerem vários desfechos positivos deste modelo desde diminuição de custos de tratamento a longo prazo, maior taxa de manutenção da recuperação até a maior individuação e aquisição de valores outrora perdidos com a fase da adicção ativa. Assim sendo, este modelo mostra-se um importante recurso terapêutico a ser agregado na construção da rede de equipamentos já existentes para o tratamento da dependência de álcool e outras drogas.
Downloads
Métricas
Referências
• 1. Polcin DL, Henderson DM, Korcha R, Evans K, Wittman F, Trocki K. Perceptions of sober living houses
among addiction counselors and mental health therapists: knowledge, views and perceived barriers. J
Psychoactive Drugs. 2012 ;44: 224-36.
• 2. Diehl A, Elbreda MF, Laranjeira R. Moradias Assistidas. IN: Diehl A, Cordeiro DC, Laranjeira R. Dependência Química: Prevenção, Tratamento e Políticas Públicas. CD Roon.Editora Artmed, Porto Alegre, 2011.
• 3. Diehl A, Laranjeira R. Halfway houses for alcohol dependents: from theoretical bases to implications for the organization of facilities. Clinics (Sao Paulo). 2008;63:827-32.
• 4. Polcin DL. A Model for Sober Housing during Outpatient Treatment. J Psychoactive Drugs. 2009; 41:
–161.
• 5. Polcin DL, Henderson DM. A Clean and Sober Place to Live: Philosophy, Structure, and Purported Therapeutic Factors in Sober Living Houses. J Psychoactive Drugs. 2008 ; 40: 153–159.
• 6. Srebnik D, Connor T, Sylla L. A pilot study of the impact of housing first-supported housing for intensive
users of medical hospitalization and sobering services. Am J Public Health. 2013 ;103:316-21.
• 7. Polcin DL, Korcha RA, Bond J, Galloway G. Sober living houses for alcohol and drug dependence: 18-month outcomes. J Subst Abuse Treat. 2010 ;38:356-65
• 8. Alexandre PK, Roebuck MC, French MT, Barry M. The cost of residential addiction treatment in public
housing. J Subst Abuse Treat. 2003, 24: 285-90.
• 9. Heslin KC, Hamilton AB, Singzon TK, Smith JL, Anderson NL. Alternative families in recovery: fictive kin
relationships among residents of sober living homes. Qual Health Res. 2011 ;21:477-88.
• 10. Polcin DL, Korcha R, Bond J, Galloway G. What did we learn from our study on sober living houses and
where do we go from here? J Psychoactive Drugs. 2010;42:425-33.
• 11. Galanter M, Dermatis H, Calabrese D. Residences in addiction psychiatry: 1990 to 2000, a decade of progress. Am J Addict Summer 2002; 11: 192-9.
• 12. Kaskutas LA. The Social Model Approach to Substance Abuse Recovery: A Program of Research and Evaluation. Rockville, MD: Center for Substance Abuse Treatment; 1999.
• 13. Jason LA, Davis MI, Ferrari JR, Anderson E. The need for substance abuse after-care: Longitudinal analysis of Oxford House. Addictive Behaviors. 2007;32:803–818.
• 14. Tuten M, Defulio A, Jones HE, Stitzer M. Abstinence-contingent recovery housing and reinforcement-
-based treatment following opioid detoxification. Addiction. 2012;107:973-82.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Debates em Psiquiatria permite que o (s) autor (es) mantenha(m) seus direitos autorais sem restrições. Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0) - Debates em Psiquiatria é regida pela licença CC-BY-NC