Uma revisão do tratamento da esquizofrenia: monoterapia vs associação de antipsicóticos

Autores

  • Rafaela Albuquerque Bertoni Faculdade de Ciências Médicas, Centro Universitário Lusíada, UNILUS, Santos, SP, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3955-7271
  • Fellipe Miranda Leal Faculdade de Ciências Médicas, Centro Universitário Lusíada, UNILUS, Santos, SP, Brasil https://orcid.org/0000-0001-5223-8764

DOI:

https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.414

Palavras-chave:

esquizofrenia, policombinação, prognóstico

Resumo

Introdução: O tratamento farmacológico da esquizofrenia com a associação de antipsicóticos é uma prática bastante comum, ainda que não haja evidências científicas consolidadas que a fundamentem, tampouco haja orientação nesse sentido, nas diretrizes de tratamento clínico. Objetivo: Avaliar os benefícios e os riscos do uso da associação de antipsicóticos em comparação ao uso de antipsicótico em monoterapia para o tratamento de esquizofrenia. Metodologia: Foi realizada uma revisão na literatura em busca de estudos científicos que comparassem o uso de antipsicóticos em monoterapia com a associação de antipsicóticos para o tratamento da esquizofrenia. Resultados: Na maioria dos estudos não houve diferenças no controle de sintomas entre os grupos. No entanto, observou-se menor frequência de reagudizações de sintomas e redução das hospitalizações nos pacientes em tratamento com antipsicótico em monoterapia. Além disso, houve menos efeitos adversos em pacientes com essa opção terapêutica. A adesão foi menor com a troca do tratamento com associação de antipsicóticos para antipsicótico em monoterapia. Porém a mudança foi bem tolerada, sendo que, em quase todos os pacientes, foram observados resultados favoráveis. Conclusões: O tratamento da esquizofrenia e do transtorno esquizoafetivo com antipsicótico em monoterapia apresenta um controle de sintomas semelhante ao tratamento com associação de antipsicóticos. Entretanto, em monoterapia é menor a ocorrência de efeitos colaterais, reagudizações e hospitalizações. Portanto, esta revisão reforça que, na prática clínica, o tratamento farmacológico da esquizofrenia, assim como do transtorno esquizoafetivo, deve priorizar uso de antipsicóticos em monoterapia.

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Biografia do Autor

Rafaela Albuquerque Bertoni, Faculdade de Ciências Médicas, Centro Universitário Lusíada, UNILUS, Santos, SP, Brasil

Fellipe Miranda Leal, Faculdade de Ciências Médicas, Centro Universitário Lusíada, UNILUS, Santos, SP, Brasil

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Publicado

2023-02-03

Como Citar

1.
Bertoni RA, Leal FM. Uma revisão do tratamento da esquizofrenia: monoterapia vs associação de antipsicóticos. Debates em Psiquiatria [Internet]. 3º de fevereiro de 2023 [citado 24º de dezembro de 2024];13:1-20. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/414

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Plaudit