Manejo de um paciente com esquizofrenia associado a doença de Crohn: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2024.v14.1360Palavras-chave:
Esquizofrenia, Comorbidade, Doença de Crohn, Terapia Medicamentosa, interconsultaResumo
Introdução: A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica caracterizada por distúrbios cognitivos, afetivos e psicóticos, sendo um dos transtornos mentais mais graves com impacto social e psicológico. Método: Associação Evangélica Beneficiente de Londrina, AEBEL. Relato de caso. Parecer CEP n. 7.122.704. Apresentação do caso: Este artigo descreve o caso de um paciente diagnosticado com transtorno esquizofrênico paranoide e portador de comorbidades médicas graves. O paciente apresentava sintomas psicóticos com alucinações auditivas, delírios persecutórios e comportamento desorganizado ao procurar o hospital psiquiátrico da cidade. Apesar do acompanhamento regular no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e do uso de medicações antipsicóticas convencionais, não houve melhora significativa dos sintomas. Durante a internação, foi diagnosticada uma absorção gastrointestinal comprometida devido à progressão da doença de Crohn, o que influenciou na escolha da terapia medicamentosa. O tratamento multidisciplinar foi crucial para a abordagem integral do paciente. Resultado: A introdução de medicação injetável de depósito, como o Zuclopentixol (Clopixol Depot®), demonstrou uma melhora substancial nos sintomas psicóticos, indicando a importância das condições médicas concomitantes no manejo da esquizofrenia. Conclusão: O manejo clínico de pacientes com esquizofrenia e comorbidades médicas graves requer uma abordagem integrada e individualizada. A consideração das condições médicas concomitantes, juntamente com a avaliação dos sintomas psiquiátricos, é essencial para o sucesso terapêutico.
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