Prevalência de psicofármacos e psicoterapia no tratamento de depressão em ambulatório psiquiátrico de um hospital quaternário
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2018.v8.310Palabras clave:
Transtorno depressivo, saúde mental, psicofarmacologiaResumen
Introdução: A depressão é um transtorno mental estimado como a segunda maior causa de incapacidade no mundo até 2030. A utilização de psicofármacos ou medicamentos psicotrópicos tem crescido mundialmente nas últimas décadas como ferramentas de melhora da qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a prevalência do uso de medicamentos psicotrópicos e de psicoterapia no tratamento da depressão no hospital universitário da Faculdade de Medicina de Itajubá, Itajubá, MG, Brasil. Métodos: Estudo observacional, descritivo, transversal e retrospectivo, por meio da estatística descritiva. Utilizou-se o programa BioEstat 5.0 e realizou-se o teste t pareado, com base em um nível de confiança de 99%. Participaram do estudo 289 indivíduos com depressão, entre homens e mulheres, na faixa etária de até 60 anos, moradores de Itajubá (MG) e da microrregião vizinha. Resultados: Das 183 mulheres tratadas com psicofármacos, 96 (52,46%) foram encaminhadas para a psicoterapia, e as classes terapêuticas mais prescritas foram: inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) (59,96%), benzodiazepínicos (BZD) (51,25%) e antidepressivos tricíclicos (ADT) (12,02%). Entre os homens, a psicoterapia foi indicada a 37,26% deles, e os psicofármacos mais indicados foram os ISRS (39,3%), BZD (14,6%) e ADT (5,87%). Conclusão: Os dados analisados corroboraram a natureza multifatorial de problemas de saúde mental, permitindo-se fortalecer a relação médico-paciente, indispensável para a adesão ao tratamento. Sugere-se uma estratégia na terapia combinada, com um modelo de tratamento abrangente, integrando a psicoterapia e a farmacologia por meio de sessões estruturadas e psicoeducação.
Descargas
Métricas
Citas
World Health Organization (WHO). World health statistics 2010 [Internet]. 2010. [cited 2018 Apr 18]. www.who.int/whosis/whostat/2010/en/
World Health Organization (WHO). Relatório mundial da saúde - saúde mental: nova concepção, nova esperança [Internet]. 2001 [cited 2018 Apr 18]. http://www.who.int/whr/2001/en/whr01_djmessage_po.pdf
Cambricoli F. Mortes por depressão crescem 705% [Internet]. Estadão. 2014 Aug 17 [cited 2017 Nov 01]. saopaulo.estadao.com.br/noticias/geral,mortes-por-depressao-crescem-705-imp-,1545121
Neira LR. Aspectos generales y clínicos de la depresión. In: Grupo de psiquiatras latinoamericanos para la docencia en depresión.
Diagnóstico y tratamiento de La enfermidad depresiva. México: AWWE; 2013. p.19-26.
Porto JA. Conceito e diagnóstico. Rev Bras Psiquiatr. 1999;21:6-11.
Sarin L. Classificación y evolución de La enfermedad depressiva. In: Grupo de psiquiatras lati noamericanos para la docência em depresión. Diagnósti co y tratamiento de La enfermidad depresiva. México: AWWE; 2013. p.35-42.
Associação Americana de Psiquiatria. ManualDiagnósti co e Estatí sti co de Transtornos Mentais, 4ª edição (DSM-IV). Porto Alegre: Artes Médicas; 1995.
American Psychiatric Associati on. Diagnosti c and Stati sti cal Manual of Mental Disorders, Fift h Editi on (DSM-5). Arlington: American Psychiatric Publishing; 2013.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Classifi cação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósti cas. Tradução de Dorgival Caetano. Porto Alegre: Artes Médicas; 1993.
Brasil, Ministério da Saúde, Insti tuto Brasileiro de Geografi a e Estatí sti ca (IBGE), Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Percepção do estado de saúde, esti los de vida e doenças crônicas [Internet]. 2014 [cited 2018 Apr 18]. t p://ft p.ibge.gov.br/PNS/2013/pns2013.pdf
Pott er WZ, Hollister LE. Fármacos anti depressivos. In: Katzung BG. Farmacologia básica e clínica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. p. 404-15.
Liskow PA, Perry PJ, Alexander B. Psychotropic drug handbook. In: Anti depressants. 7th ed. Washington: American Psychiatric Press; 1997. p.131-220.
Katz MM, Koslow SH, Maas JW, Frazer A, Bowden CL, Casper R, et al. The ti ming, specifi city and clinical predicti on of tricyclic drug eff ects in depression. Psychol Med. 1987;17:297-309.
Quitkin FM, Rabkin JD, Markowitz JM, Stewart JW, McGrath PJ, Harrison W. Use of patt ern analysis to identi fy true drug response. A replicati on. Arch Gen Psychiatry. 1987;44:259-64.
Alberniz A, Holmes J. Psychotherapy integrati on: its implicati on for psychiatry. Br J Psychiatry. 1996;169:563-70.
Brasil, Insti tuto Brasileiro de Geografi a e Estatístic[Internet]. 2016 [cited 2017 Oct 31]. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/itajuba/panorama
Karasu TB. Psychotherapy and pharmacotherapy: toward an integrati ve model. Am J Psychiatry. 1982;139:1102-13.
Marcus ER. Integrati ng psychopharmacotherapy, psychotherapy and mental structure in the treatment of pati ents with personality disorders and depression. Psychiatr Clin North Am. 1990;13:255-63.
Powell AD. The medicati on life. J Psychother Pract Res. 2001;10:217-22.
Lima MS. Epidemiologia e impacto social. Rev Bras Psiquiatr. 1999;21:1-5.
Andrade LHSG, Viana MC, Silveira CM. Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos na mulher. Rev Psiquiatr Clin. 2006;33:43-54.
Kessler RC, McGonagle KA, Zhao S, Nelson CB, Hughes M, Eshleman S, et al. Lifeti me and 12-month prevalence of DSM-II-R psychiatric disorders in the United States. Results from the nati onal comorbidity survey. Arch Gen Psychiatry. 1994;51:8-19.
Corso AN, Costa LS, Fleck MPA, Heldt E. Impacto de sintomas na qualidade de vida de usuários da rede básica de saúde. Rev Gaucha Enferm. 2009;30:257-62.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Relatório sobre a saúde no mundo 2001: saúde mental: nova concepção, nova esperança [Internet]. 2001 [cited 2018 Apr 18]. www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/referencia/0000000155
Santos ÉG, Siqueira MM. Prevalência dos transtornos mentais na população adulta brasileira: uma revisão sistemática de 1997 a 2009. J Bras Psiquiatr. 2010;59:238-46.
Fleck MPA, Lima AFBS, Louzada S, Schestasky G, Henriques A, Borges VR, et al. Associação entre sintomas depressivos e funcionamento social em cuidados primários à saúde. Rev Saude Publica. 2002;36:431-8.
Hyman S, Chisholm D, Kessler R, Patel V, Whiteford H. Mental disorders. In: Jamison DT, Breman JG, Measham AR, Alleype G, Claeson M, Evans DB, et al. Disease control prioriti es in developingcountries. New York: Oxford University; 2006. p.605-25.
Schramm JMA, Oliveira AF, Leite IC, Valente JG, Gadelha AMJ, Portela MC, et al. Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Cienc Saude Coleti va. 2004;9:897-908.
Saff er PL. O desafi o da integração psicoterapia psicofarmacoterapia: aspectos psicodinâmicos. Rev Psiquiatr RS. 2007;29:223-32.
Frey BN, Mabilde LC, Eizirik CL. A integração da psicofarmacoterapia e psicoterapia de orientação analítica: uma revisão crítica. Rev Bras Psiquiatr. 2004;26:118-23.a (IBGE). Índice de desenvolvimento humano municipal – IDHM – Minas Gerais – Itajubá
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Debates em Psiquiatria permite que el (los) autor (es) mantenga(n) sus derechos de autor sin restricciones. Permite al (los) autor (es) conservar sus derechos de publicación sin restricciones. Los autores deben garantizar que el artículo es un trabajo original sin fabricación, fraude o plagio; no infringe ningún derecho de autor o derecho de propiedad de terceros. Los autores también deben garantizar que cada uno atendió a los requisitos de autoría conforme a la recomendación del ICMJE y entienden que, si el artículo o parte de él es fallido o fraudulento, cada autor comparte la responsabilidad.
Reconocimiento-NoComercial 4.0 internacional (CC BY-NC 4.0) - Debates em Psiquiatria es regida por la licencia CC-BY-NC
Usted es libre de:
- Compartir — copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato
- Adaptar — remezclar, transformar y crear a partir del material
El licenciador no puede revocar estas libertades mientras cumpla con los términos de la licencia. Bajo las condiciones siguientes:
- Reconocimiento — Debe reconocer adecuadamente la autoría, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios<. Puede hacerlo de cualquier manera razonable, pero no de una manera que sugiera que tiene el apoyo del licenciador o lo recibe por el uso que hace.
- NoComercial — No puede utilizar el material para una finalidad comercial.
No hay restricciones adicionales — No puede aplicar términos legales o medidas tecnológicas que legalmente restrinjan realizar aquello que la licencia permite.