A importância das fantasias inconscientes para a relação mãe-bebê: Klein e atualidade

Autores

  • Ester Duarte Galhardo Médica, Faculdade de Medicina de Marília, FAMEMA, Marília, SP, Brasil https://orcid.org/0000-0002-8576-379X
  • Fellipe Oliveira Melo Médico Residente de Psiquiatria, Faculdade de Medicina de Marília, FAMEMA, Marília, SP, Brasil https://orcid.org/0000-0001-6807-2391
  • Olga Aparecida Angeli Professora, Faculdade de Medicina de Marília, FAMEMA, Marília, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.25118/2763-9037.2024.v14.1176

Palavras-chave:

mãe-bebê, fantasias insconscientes, psicanálise, Melanie Klein, relações mãe-filho, relações materno-fetais

Resumo

O texto busca trazer uma comparação entre a teoria de Melanie Klein acerca da relevância das fantasias inconscientes, como a representação mental das pulsões do lactente, para o vínculo mãe-bebê e uma temática atual. Dessa maneira, em um primeiro momento, apresenta um resumo expandido sobre a obra de Klein, desde as contribuições freudianas para o surgimento do termo “fantasias inconscientes”. Em um segundo momento, por sua vez, explora textos dos últimos 15 anos, os quais abordam as angústias das mães, as expectativas quanto à gestação de seu bebê e quanto ao vínculo com ele. Conclui-se que o foco se expandiu para contextos delicados (como prematuridade, adoecimento, vulnerabilidade social, etc.) e foi apontado que a relação necessita da existência da criança no universo imaginário materno, sendo essencial que uma equipe multiprofissional auxilie a mãe na criação de um elo com seu filho. Por fim, acrescenta-se a noção de que as ansiedades do bebê não derivam exclusivamente de sua experiência, mas também podem ser herdadas, segundo a autora brasileira Trachtenberg, com um foco maior nas fantasias inconscientes geradas pelo psiquismo materno e como elas afetam o vínculo mãe-bebê.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Ester Duarte Galhardo, Médica, Faculdade de Medicina de Marília, FAMEMA, Marília, SP, Brasil

Fellipe Oliveira Melo, Médico Residente de Psiquiatria, Faculdade de Medicina de Marília, FAMEMA, Marília, SP, Brasil

Olga Aparecida Angeli, Professora, Faculdade de Medicina de Marília, FAMEMA, Marília, SP, Brasil

Referências

Chaves LP, Almeida MM. O corpo kleiniano: a morada do ser. Ide. 2016;38(61):41-9. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ide/v38n61/v38n61a04.pdf

Britton R. Crença e imaginação: explorações em psicanálise. Rio de Janeiro: Imago; 2003.

Geets C. Melanie Klein. São Paulo: Melhoramentos; 1977.

Hinshelwood RD. Dicionário do pensamento kleiniano. Porto Alegre: Artes Médicas; 1992.

Oliveira MP. Melanie Klein e as fantasias inconscientes. Winnicott e-prints. 2007;2(2):1-19. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/wep/v2n2/v2n2a05.pdf

Petot JM. Melanie Klein II: o ego e o bom objeto (1932-1960). 2. ed. São Paulo: Perspectiva; 2003.

Segal H. Introdução à obra de Melanie Klein. Rio de Janeiro: Imago; 1975.

- Araújo MG. Considerações sobre o narcisismo. Estud Psicanal. 2010;(34):79-82. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ep/n34/n34a11.pdf

Silva VCC. Da selva imaginária à fantasia fundamental: variações sobre a lógica da fantasia em Freud [dissertação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2014. http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9LVR3V

Martins RD, Vorsatz I. Os primórdios da psicanálise e a construção da noção de fantasia. Cad Psicanal. 2018;40(39):251-72. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cadpsi/v40n39/v40n39a13.pdf

Dodane C. A emergência da linguagem: os dados da percepção. In: Cavalari S, Rocha N, Rodrigues A, editores. Novas práticas em pesquisa sobre a linguagem: rompendo fronteiras. São Paulo: Cultura Acadêmica; 2018. p. 71-92.

Lucci TK. Comportamento da mãe e do recém-nascido no pós-parto imediato: um estudo naturalístico [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2019. https://doi.org/10.11606/T.47.2019.tde-13062019-154250 DOI: https://doi.org/10.11606/T.47.2019.tde-13062019-154250

Nunes NP, Pessoa UML, Mont’Alverne DGB, Elpídio de Sá F, Carvalho EM. Método canguru: percepção materna acerca da vivência na unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Bras Promoc Saúde. 2015;28(3):387-93. https://doi.org/10.5020/18061230.2015.p387 DOI: https://doi.org/10.5020/18061230.2015.p387

Zalcberg TM, Cilurzo Neto DA. O espaço psicanalítico da Clínica 0 a 3 Anos. J Psicanal. 2018;51(95):135-49. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/jp/v51n95/v51n95a11.pdf

Calzavara, MGP, Ferreira MAV. A função materna e seu lugar na constituição subjetiva da criança. Estilos da Clínica. 2019;24(3):432-44. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i3p432-444 DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i3p432-444

Pinheiro LR. A importância da função materna e paterna no desenvolvimento do mundo psíquico [trabalho de conclusão de curso]. Brasília: Centro Universitário de Brasília; 2017. https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/12051

Prado Junior LN, Lima KMA, Vieira MKM. A demanda materna por atendimento infantil: um estudo psicanalítico de caso. Ágora (Rio J.). 2021;24(1):72-81. https://doi.org/10.1590/1809-44142021001009 DOI: https://doi.org/10.1590/1809-44142021001009

Trachtenberg ARC. Transgeracionalidade: sobre silêncios, criptas, fantasmas e outros destinos. Rev Bras Psicanal. 2017;51(2):77-89. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbp/v51n2/v51n2a06.pdf

Costa MRP, Oliveira JD, Damasceno SS, Souza NKM, Palácio MAV. Conteúdos sobre prematuros veiculados por familiares em mídia social: estudo qualitativo. Rev Enferm. 2021;15(1):e247366. https://doi.org/10.5205/1981-8963.2021.247366 DOI: https://doi.org/10.5205/1981-8963.2021.247366

Cox FEM, Beauquier-Maccotta B. Representações maternas durante uma gravidez patológica: o caso da anemia falciforme. Estilos da Clínica. 2014;19(2):309-4. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v19i2p309-324 DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v19i2p309-324

Granato TMM, Aiello-Vaisberg TMJ. Interactive narratives in the investigation of the collective imaginary about motherhood. Campinas: Estud Psicol. 2016;33(1):25-35. https://doi.org/10.1590/1982-02752016000100004 DOI: https://doi.org/10.1590/1982-02752016000100004

Narchi MD, Rosa DP, Campos LH. Atuação do psicólogo no acompanhamento de pais de neonatos com malformação fetal. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2018;27(1):39- 41. https://doi.org/10.29381/0103-8559/20172701S39-41 - DOI NÃO FUNCIONA DOI: https://doi.org/10.29381/0103-8559/20172701S39-41

Tavares RC. O bebê imaginário: uma breve exploração do conceito. Rev Bras Psicoter. 2016;18(1):68-81.

Aching MC, Granato TMM. The good enough mother under social vulnerability conditions. Estud Psicol (Campinas). 2016;33(1):15-24. https://doi.org/10.1590/1982-02752016000100003 DOI: https://doi.org/10.1590/1982-02752016000100003

Pereira TG. Atitudes e intervenções de profissionais que atuam junto a mulheres grávidas ou com bebês em contexto prisional [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2015. https://doi.org/10.11606/D.6.2015.tde-30042015-115515 DOI: https://doi.org/10.11606/D.6.2015.tde-30042015-115515

Ramos DC, Nicolau RF. Na boca do crocodilo: a face indigesta da amamentação exclusiva. Tempo psicanal. 2015;47(1):73-89. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tpsi/v47n1/v47n1a06.pdf

Mesa AM, Gomez AC. El diálogo imaginario de las madres con sus bebés prematuros. Rev Latinoam Cienc Soc Niñez Juv. 2020;18(1):1-18. https://doi.org/10.11600/1692715x.18107 DOI: https://doi.org/10.11600/1692715x.18107

foto de Melanie Klein

Downloads

Publicado

2024-07-31

Como Citar

1.
Galhardo ED, Melo FO, Angeli OA. A importância das fantasias inconscientes para a relação mãe-bebê: Klein e atualidade. Debates em Psiquiatria [Internet]. 31º de julho de 2024 [citado 19º de setembro de 2024];14:1-17. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/1176

Edição

Seção

Artigos de Atualização

Plaudit

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)