Interrupção em psicoterapia psicodinâmica: uma atualização
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2013.v3.363Palavras-chave:
Término em psicoterapia, Interrupção da psicoterapia, Fase final da psicoterapiaResumo
Neste trabalho, é abordado o tema da interrupção, importante não só pela frequência com que ocorre como pelas implicações clínicas decorrentes, mas que não tem sido devidamente tratado na literatura especializada. Após revisar o conceito de interrupção, distinguindo-o do abandono da psicoterapia, são focalizados os dinamismos psíquicos e as defesas correspondentes que as dificuldades de separação despertam. Através de três exemplos clínicos ilustrativos, são evidenciadas as desvantagens de uma separação brusca, simplesmente admitida, sem exame, e as vantagens de examinar os verdadeiros motivos da decisão de interromper o tratamento. É salientando que o objetivo de tal exame não é o de convencer o paciente a permanecer se tratando. Esse procedimento é útil tanto para o paciente como para o psicoterapeuta. O paciente tem a possibilidade de deixar o tratamento com menos sentimentos de culpa e mais liberdade. O psicoterapeuta pode revalorizar seu trabalho e sua própria pessoa, na medida que se enfrenta com o sentimento de estar sendo abandonado.
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