Violência psicológica e o papel do psiquiatra: uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.471Palavras-chave:
impactos psicológicos, saúde mental, violência por parceiro íntimo, psiquiatria forenseResumo
Introdução: A violência psicológica é uma forma de violência doméstica caracterizada por agressões verbais, constrangimento, humilhação, manipulação, ameaças e isolamento da vítima. Apesar de ser a forma mais prevalente de violência por parceiro íntimo, a violência psicológica é a mais subnotificada, podendo evoluir para agressões mais graves, como abusos físicos e sexuais, quando não há intervenção externa. Métodos: Revisão narrativa visando discutir o estado da arte e atualização do conhecimento sobre violência psicológica contra a mulher. Discussão: O dano psicológico causado por esta violência pode levar a quadros de depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, abuso de substâncias e ideação suicida, que podem ser identificados pelo psiquiatra na prática clínica. O psiquiatra também pode atuar no tratamento farmacológico e psicoterápico das consequências do abuso psicológico nas vítimas, além de oferecer apoio e orientações em eventuais processos de denúncia e/ou separação. Pela alta comorbidade com transtorno por uso de substâncias nos agressores, o psiquiatra pode atuar em programas de reabilitação de tratamento, prevenindo a ocorrência de novas agressões. No setting forense, o psiquiatra pode conduzir perícias e assistências técnicas para documentar os danos sofridos pelas vítimas, além de avaliar risco de violência e imputabilidade penal dos agressores. Conclusão: A violência psicológica é um problema de saúde pública com consequências graves. Como profissional da saúde, o psiquiatra tem potencial para atuar em diversas áreas do combate à violência doméstica.
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