Perfil de policiais militares com estresse ocupacional
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2018.v8.328Palavras-chave:
Estresse, policial militar, sofrimento psíquicoResumo
Objetivo: Traçar o perfil psicossocial de policiais militares com estresse ocupacional. Métodos: Apresenta cunho exploratório transversal, de caráter quantitativo, com amostragem não probabilística. A população deste estudo são os policiais militares da cidade de Aracaju (SE). Constou de amostra mínima de 176 participantes, com erro amostral de 5% e nível de confiança de 95%. Foram aplicados dois questionários distintos: o primeiro tem cunho sociodemográfico e ocupacional; o segundo é o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), que identifica o estresse e a sua fase nos participantes (alerta, resistência e exaustão). Resultados: Um total de 32,4% dos entrevistados encontrava-se em alguma fase do estresse, sendo o principal fator estressante o próprio trabalho da polícia. Verificou-se que o estresse acomete indivíduos de diversas idades e que o perfil geral do policial com estresse é o indivíduo masculino, casado, com nível superior, consumidor de bebida alcoólica, praticante de atividade física, com dedicação exclusiva, parcialmente realizado profissionalmente e insatisfeito com o salário. Conclusão: A prevalência de policiais com estresse verificada neste estudo pode ser prejudicial à sociedade assistida, ao próprio profissional e à instituição. Face ao exposto, considera-se que há necessidade de as instituições oferecerem suporte psicológico aos policiais militares.
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