A versão em português do Brasil do Subjective Time Questionnaire (STQ-BP): adaptação cultural e propriedades psicométricas preliminares
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.420Palavras-chave:
percepção do tempo, autorrelato, estudo de validação, psicometriaResumo
Introdução: A percepção do tempo tem sido associada a muitos desfechos relevantes em Saúde Mental. O Subjective Time Questionnaire (STQ) é uma escala de autorrelato com 26 itens que avaliam o julgamento subjetivo de diferentes durações de tempo. Objetivo: Este estudo teve como objetivo traduzir, adaptar e validar o STQ para o português brasileiro. Métodos: Os processos de tradução e adaptação seguiram as orientações da International Test Commission (ITC). Dez especialistas compararam a primeira versão traduzida com a escala original. Após uma revisão, 446 participantes (66,1% mulheres) responderam ao STQ. A confiabilidade e a estrutura fatorial foram investigadas. Resultados: A equivalência média entre as avaliações dos especialistas foi de 69,3%. Vinte e um itens apresentaram correlações com o escore total variando de 0,250 a 0,641. Uma Análise de Componentes Principais encontrou 6 dimensões (autovalores > 1). Em contraste, a Análise Fatorial Exploratória mostrou uma solução de três fatores com 10 itens. A Análise Fatorial Confirmatória suportou essa estrutura (RMSEA = 0,049; CFI = 0,991; TLI = 0,987). O Alpha de Cronbach para a versão final foi de 0,696 e variou de 0,643 a 0,825 para os fatores. Conclusão: A solução de três fatores sugeriu um modelo adequado. A confiabilidade foi marginalmente aceitável e de acordo com achados anteriores esparsos. No geral, os resultados forneceram evidências iniciais de validade e confiabilidade para a versão em português do Brasil do STQ.
Downloads
Referências
Wittmann M, Simmons AN, Flagan T, Lane SD, Wackermann J, Paulus MP. Neural substrates of time perception and impulsivity. Brain Res. 2011;1406:43-58. https://doi.org/10.1016/j.brainres.2011.06.048 - PMID:21763642 - PMCID:PMC3145046
Wittmann M, Paulus MP. Decision making, impulsivity and time perception. Trends Cogn Sci. 2008;12(1):7-12. https://doi.org/10.1016/j.tics.2007.10.004 - PMID:18042423
Ptacek R, Weissenberger S, Braaten E, Klicperova-Baker M, Goetz M, Raboch J, Vnukova M, Stefano GB. Clinical implications of the perception of time in Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD): a review. Med Sci Monit. 2019;25:3918-24. https://doi.org/10.12659/MSM.914225 - PMID:31129679 PMCID:PMC6556068
Sorrell AE, Canu WH. Sluggish cognitive tempo and temporal processing: an exploratory examination of association using a novel measure. ADHD Rep. 2018;26(7):7-12. https://doi.org/10.1521/adhd.2018.26.7.7
Berlin HA, Rolls ET, Kischka U. Impulsivity, time perception, emotion and reinforcement sensitivity in patients with orbitofrontal cortex lesions. Brain. 2004;127(5):1108-26. https://doi.org/10.1093/brain/awh135 - PMID:14985269
Wittmann M, Lehnhoff S. Age effects in perception of time. Psychol Rep. 2005;97(3):921-35. https://doi.org/10.2466/pr0.97.3.921-935 - PMID:16512313
Wittmann M. The inner experience of time. Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci. 2009;364(1525):1955-67. https://doi.org/10.1098/rstb.2009.0003 - PMID:19487197 - PMCID:PMC2685813
Matthews WJ, Meck WH. Temporal cognition: connecting subjective time to perception, attention, and memory. Psychol Bull. 2016;142(8):865-907. https://doi.org/10.1037/bul0000045 - PMID:27196725
Allman MJ, Teki S, Griffiths TD, Meck WH. Properties of the internal clock: first- and second- order principles of subjective time. Annu Rev Psychol. 2014;65:743-71. https://doi.org/10.1146/annurev-psych-010213-115117 - PMID: 24050187
Cordes S, Williams CL, Meck WH. Common representations of abstract quantities. Curr Dir Psychol Sci. 2007;16(3):156-61. https://doi.org/10.1111/j.1467-8721.2007.00495.x
Wittmann M, Otten S, Schotz E, Sarikaya A, Lehnen H, Jo HG, Kohls N, Schmidt S, Meissner K. Subjective expansion of extended time-spans in experienced meditators. Front Psychol. 2015;5:1586. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2014.01586 - PMID:25642205 - PMCID:PMC4294119.
Di Giorgio E, Di Riso D, Mioni G, Cellini N. The interplay between mothers' and children behavioral and psychological factors during COVID-19: an Italian study. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2021;30(9):1401-12. https://doi.org/10.1007/s00787-020-01631-3 - PMID: 32865654 PMCID:PMC7456665
Wild D, Grove A, Martin M, Eremenco S, McElroy S, Verjee-Lorenz A, Erikson P. Principles of good practice for the translation and cultural adaptation process for Patient-Reported Outcomes (PRO) measures: report of the ISPOR task force for translation and cultural adaptation. Value Health. 2005;8(2):94-104. https://doi.org/10.1111/j.1524-4733.2005.04054.x - PMID:15804318
International Test Commission (GB). ITC guidelines for translating and adapting tests. 2nd ed. Hemel Hempstead (GB): International Test Commission; 2017. https://www.intestcom.org/files/guideline_test_adaptation_2ed.pdf
Watkins MW. Exploratory factor analysis: a guide to best practice. J Black Psychol. 2018;44(3):219-46. https://doi.org/10.1177/0095798418771807
Tavakol M, Dennick R. Making sense of Cronbach's alpha. Int J Med Educ. 2011;2:53-5. https://doi.org/10.5116/ijme.4dfb.8dfd - PMID:28029643 - PMCID:PMC4205511
Valentini F, Damásio BF. Variância média extraída e confiabilidade composta: indicadores de precisão. Psicol Teor Pesqui. 2016;32(2):1-7. https://doi.org/10.1590/0102-3772e322225
Ferrando PJ, Lorenzo-Seva U. Program FACTOR at 10: origins, development and future directions. Psicothema. 2017;29(2):236-40. https://doi.org/10.7334/psicothema2016.304 - PMID: 28438248
Asparouhov T, Muthen B. Simple second order chi-square correction. [place unknown: publisher unknown]; 2010. https://www.statmodel.com/download/WLSMV_new_chi21.pdf
R Foundation. R: a language and environment for statistical computing. Vienna: R Foundation; 2020. https://www.R-project.org/
Rosseel Y. lavaan: an R package for structural equation modeling. J Stat Softw. 2012;48(2):1-36. https://doi.org/10.18637/jss.v048.i02
Colwell SR. The composite reliability calculator. [place unknown: publisher unknown]; 2013. http://www.thestatisticalmind.com/composite-reliability/
Schreiber JB, Nora A, Stage FK, Barlow EA, King J. Reporting structural equation modeling and confirmatory factor analysis results: a review. J Educ Res. 2006;99(6):323-38. https://doi.org/10.3200/JOER.99.6.323-338
Hu L, Bentler PM. Cutoff criteria for fit indexes in covariance structure analysis: conventional criteria versus new alternatives. Struct Equ Modeling. 1999;6(1):1-55. https://doi.org/10.1080/10705519909540118
Wolf MG, McNeish D. Dynamic fit index cutoffs. [place unknown: publisher unknown]; 2020. https://www.dynamicfit.app/connect/
McNeish D, Wolf MG. Dynamic fit index cutoffs for confirmatory factor analysis models. Psychol Methods. Forthcoming 2021. https://doi.org/10.1037/met0000425
Wittmann M, Rudolph T, Linares Gutierrez D, Winkler I. Time perspective and emotion regulation as predictors of age-related subjective passage of time. Int J Environ Res Public Health. 2015;12(12):16027-42. https://doi.org/10.3390/ijerph121215034 - PMID:26694439 - PMCID:PMC4690970
Witowska J, Zajenkowski M, Wittmann M. Integration of balanced time perspective and time perception: the role of executive control and neuroticism. Pers Individ Dif. 2020;163:110061. https://doi.org/10.1016/j.paid.2020.110061
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Victor Polignano Godoy, Lorena de Paula Silva, Alexandre Luiz de Oliveira Serpa, Leandro Fernandes Malloy-Diniz
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Debates em Psiquiatria permite que o (s) autor (es) mantenha(m) seus direitos autorais sem restrições. Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0) - Debates em Psiquiatria é regida pela licença CC-BY-NC
