Intervenções psicológicas no tratamento dos transtornos alimentares
DOI:
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2019.v9.52Palabras clave:
Transtornos alimentares, psicoterapia, terapia cognitivo-comportamentalResumen
Os transtornos alimentares podem ser definidos por comportamentos disfuncionais relacionados à alimentação, que prejudicam a saúde física e o funcionamento psicossocial. A anorexia nervosa se caracteriza por baixo peso corporal, restrição alimentar, medo de engordar, supervalorização do peso e/ou forma e distúrbio da imagem corporal. A bulimia nervosa se caracteriza pela presença de episódios recorrentes de compulsão alimentar, seguidos por comportamentos compensatórios inadequados para evitar ganho de peso e uma autoavaliação indevidamente influenciada pela forma do corpo ou peso. O papel da psicoterapia no tratamento dos transtornos alimentares é desenvolver técnicas para promover a adesão ao tratamento, melhorar a relação com a imagem corporal, ensinar o controle dos episódios de compulsão alimentar, aumentar a autoestima do paciente, melhorar suas relações interpessoais, ensiná-lo a lidar de modo funcional com emoções intensas e modificar o sistema de crenças associadas ao desenvolvimento e manutenção dos transtornos alimentares. No presente artigo são descritos os modelos de psicoterapia mais testados em estudos clínicos para o tratamento dos transtornos alimentares. A terapia cognitivo-comportamental é considerada o padrão-ouro para o tratamento desses quadros clínicos, em decorrência da quantidade de estudos controlados que consubstanciam as evidências dos bons resultados obtidos com esse modelo de psicoterapia. São também descritas as técnicas implementadas pela terapia interpessoal, terapia comportamental dialética e mindful eating.
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